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Guerra Israel-Hamas

Exército israelita vai manter segurança em Gaza por tempo ilimitado

05 dez, 2023 - 22:30 • Lusa

Ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, Netanyahu insistiu que só o exército israelita é que pode assegurar a desmilitarização da Faixa de Gaza.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta terça-feira que os militares de Israel terão de manter um controlo de segurança ilimitado na Faixa de Gaza muito depois de terminada a guerra contra o Hamas.

Netanyahu disse numa conferência de imprensa que Gaza terá de permanecer desmilitarizada e que só o exército israelita conseguirá garantir isso.

"Nenhuma força internacional pode ser responsável por isso", afirmou, citado pela agência norte-americana AP.

"Não estou pronto para fechar os olhos e aceitar qualquer outro acordo", disse Netanyahu.

Ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, Netanyahu insistiu que só o exército israelita é que pode assegurar a desmilitarização da Faixa de Gaza.

"Vimos o que aconteceu noutros locais para onde as forças internacionais foram para desmilitarizar", afirmou, segundo a agência espanhola EFE.

Netanyahu reiterou que "a única forma de acabar com a guerra e de o fazer rapidamente é tomar novas medidas decisivas contra o Hamas e erradicá-lo".

Israel considera o grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, como uma organização terrorista, tal como os Estados Unidos e a União Europeia.

Num ataque sem precedentes, comandos do Hamas realizaram uma operação em Israel em 07 de outubro, que causou 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns israelitas e estrangeiros, segundo as autoridades de Israel.

Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e iniciou logo em seguida uma ofensiva aérea e terrestre contra o pequeno território palestiniano com 2,3 milhões de habitantes.

O Hamas disse hoje que os bombardeamentos israelitas mataram 16.248 pessoas em Gaza, de acordo com a agência francesa AFP.

As duas partes observaram uma trégua entre 24 e 30 de novembro, durante a qual o Hamas libertou 105 reféns, incluindo 80 israelitas em troca de 240 palestinianos presos em Israel.

As autoridades israelitas disseram que 138 reféns continuam detidos em Gaza.

Na conferência de imprensa, Netanyahu também criticou os grupos de defesa dos direitos humanos e das mulheres por não terem abordado abertamente os abusos que disse terem sido cometidos pelo Hamas.

"Pergunto às organizações de defesa dos direitos das mulheres, às organizações de defesa dos direitos humanos: já ouviram falar de violações de mulheres israelitas, de atrocidades horríveis, de mutilações sexuais? Onde raio estão elas?", afirmou.

Netanyahu disse esperar que "todos os líderes, governos e nações civilizadas" se pronunciem contra o que descreveu como uma atrocidade.

O chefe do Governo israelita acrescentou ter ouvido "histórias de abuso sexual de partir o coração e casos sem precedentes de violações cruéis".

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