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Guerra no médio oriente

Cessar-fogo em Gaza. Amnistia Internacional entrega a Marcelo 13 mil assinaturas

07 dez, 2023 - 12:11 • Lusa

A entrega da petição vai ser realizada esta quinta-feira no Palácio de Belém. A nível global já foram recolhidas mais de um milhão de assinaturas.

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A Amnistia Internacional Portugal vai entregar esta quinta-feira ao Presidente da República uma petição com mais de 13 mil assinaturas a apelar a um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, anunciou a organização.

A entrega da petição será feita durante uma reunião da diretora internacional da Amnistia Internacional, Anjhula Mya Singh Bais, com o Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que irá decorrer no Palácio de Belém às 16h00.

"Dois meses após o início do conflito, a Amnistia Internacional Portugal reforça o apelo pelo cessar-fogo entre o Estado de Israel e o Hamas, entregando 13.053 assinaturas, [incluindo de pelo menos 72 organizações da sociedade civil], recolhidas a nível nacional", refere a organização de defesa dos direitos humanos, em comunicado divulgado esta quinta-feira.

A nível global, adianta a Amnistia Internacional, a petição já reuniu mais de um milhão de assinaturas.

A organização tem pedido nas últimas semanas o fim do que considera "ataques ilegais", argumentando que isso "travaria quer o sofrimento dos civis de ambos os lados, quer o número de mortos que aumenta a cada dia".

A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada com um ataque de surpresa do grupo islamita em 7 de outubro, já provocou a morte a mais de 15 mil palestinianos na Faixa de Gaza, entre os quais pelo menos 5.500 crianças, e mais de 1.400 israelitas, adianta a Amnistia Internacional.

Apesar de a "pausa humanitária" cumprida pelos dois lados durante sete dias - até 1 de dezembro - ter permitido a libertação de 113 reféns detidos em Gaza e 240 palestinianos detidos nas prisões israelitas, "é ainda crucial para que as agências humanitárias façam chegar o seu apoio à Faixa de Gaza, aliviando a crise humanitária que se sente", defendeu a Amnistia.

"O cessar-fogo permanece fundamental também para negociar a libertação daqueles que permanecem reféns, proporcionando-lhe um regresso seguro para junto das famílias", acrescentou.

Nomeada no início do ano passado como presidente do conselho internacional da Amnistia Internacional, Anjhula Mya Singh Bais - a mais jovem a ocupar o cargo, além de a primeira indiana e a primeira pessoa na Malásia - é uma supermodelo, feminista e especialista internacional em traumas psicológicos.

Presente em Lisboa para visitar a secção portuguesa da Amnistia Internacional, a responsável encontra-se esta quinta-feira com Marcelo Rebelo de Sousa, num encontro que servirá, segundo a organização, para apresentação de cumprimentos, agradecimento pela condecoração da Amnistia Internacional como membro honorário da Ordem da Liberdade em 2021, e apelo à intervenção de Portugal na diplomacia para a paz e para os direitos humanos no mundo e de entrega das assinaturas da petição.

Além de Anjhula Mya Singh Bais, a organização será representada também pela presidente da direção da Amnistia Internacional Portugal, Patrícia Filipe, e pelo diretor executivo, Pedro A. Neto.

"Somos já mais de um milhão a apelar por este tão necessário cessar-fogo (...), mas seremos ainda mais", garantiu o diretor executivo, citado no comunicado.

"Não há forma de o número de assinaturas não crescer quando é tão evidente o desprezo flagrante das vidas civis que temos testemunhado nas últimas semanas", afirmou.

"Não há como ficar indiferente a este sofrimento. O cessar-fogo é a única forma de salvar vidas. O cessar-fogo é a única forma de olhar para as causas profundas deste conflito e de o começar a resolver em definitivo", concluiu.

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