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Zelensky vai reunir-se com Biden na Casa Branca em plena crise para nova ajuda a Kiev

10 dez, 2023 - 21:59 • Lusa

Na semana passada, o Congresso bloqueou um pacote de mais de 106 mil milhões de dólares que Biden pediu insistentemente, que inclui fundos para a Ucrânia e para Israel.

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidou e vai receber o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na terça-feira, em Washington, para discutir "as necessidades urgentes da Ucrânia", anunciou este domingo uma porta-voz da Casa Branca.

A visita destina-se "a sublinhar o compromisso inabalável dos Estados Unidos de apoiar o povo da Ucrânia, que se defende da brutal invasão da Rússia", referiu a porta-voz Karine Jean-Pierre.

O convite surge numa altura em que o governo dos Estados Unidos aumenta a pressão sobre o Congresso, onde há um bloqueio à aprovação de um novo pacote de ajuda à Ucrânia na guerra com a Rússia.

"À medida que a Rússia intensifica os seus ataques com mísseis e drones [aparelhos voadores não tripulados] contra a Ucrânia, os dois líderes discutirão as necessidades urgentes da Ucrânia e a importância vital do apoio contínuo dos Estados Unidos neste momento crítico", disse a representante da administração Biden.

Os Estados Unidos são atualmente o maior fornecedor de apoio militar a Kiev, com apoios aprovados no valor de mais de 110 mil milhões de dólares desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022.

Mas a promessa do Presidente norte-americano, Joe Biden, de continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia está a ser posta em causa pelo Congresso.

Na semana passada, o Congresso bloqueou um pacote de mais de 106 mil milhões de dólares que Biden pediu insistentemente, que inclui fundos para a Ucrânia e para Israel.

Os eleitos pelo partido republicano estão a exigir concessões significativas na política de imigração dos EUA em troca dos seus votos.

Este é o pior cenário para Kiev, cuja contraofensiva aos ataques russos no verão não trouxe os ganhos territoriais esperados.

O bloqueio de novos fundos seria "o maior presente" para o Presidente russo, Vladimir Putin, avisou Joe Biden, dizendo que o líder do Kremlin, se conseguir tomar a Ucrânia, "não vai ficar por aqui".

O gabinete do Presidente ucraniano anunciou, entretanto, que este vai iniciar uma visita de trabalho aos Estados Unidos na segunda-feira e que deverá encontrar-se com o Presidente norte-americano, Joe Biden, já na terça-feira.

"O presidente ucraniano reunir-se-á com o presidente dos EUA, Joe Biden, e realizará uma série de reuniões e negociações", disse a presidência ucraniana em comunicado.

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  • Cidadao
    10 dez, 2023 Lisboa 23:18
    Há muito "romance" à volta da falta de apoio dos EUA e da UE à Ucrânia, neste momento, e digo "neste momento" porque por mais que alguns militares e comentadeiros putinistas salivem a pensar que a Rússia ganhou, há a referir que no inicio da guerra, a Ucrânia teve de enfrentar sozinha o dito "rolo-compressor" russo, pois a ajuda baseada em armamento soviético dos anos 70, só começou a chegar algumas semanas depois do inicio da guerra. E a Ucrânia sobreviveu e os tais "10 dias para ocupar Kiev" nunca se verificaram. Agora que o "ex-rolo compressor" é baseado em "miúdos" e quarentões pois as verdadeiras unidades super-treinadas já foram ao ar, acham mesmo que a vitória Russa está próxima, com a Ucrânia cheia de material moderno de guerra? Até porque o apoio virá tanto dos EUA como da UE: os republicanos estão só num jogo político mas não quererão ficar associados a vitórias de Putin, e na UE apesar do veto do homem-de-mão do Putin, um tal de Viktor Orban, os países podem sempre lançar mão do esquema de individualmente fazerem esse empréstimo sendo depois ressarcidos pelos fundos da UE e nesse caso a Hungria - que espero em breve ve-la ser expulsa da NATO e da UE - fica a ver navios. A Hungria e mais alguém. Portanto, é cedo para a Rússia cantar vitória.

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