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Putin diz que não tem "nenhum interesse" em lutar contra países da NATO

17 dez, 2023 - 10:16 • Lusa

Presidente russo sublinhou que isto inclui os EUA, a quem chamou "o único dono da NATO", uma vez que o bloco militar é "o seu quintal".

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O presidente russo, Vladimir Putin, disse este domingo à televisão estatal que o seu país não tem "nenhum interesse" em lutar contra países da NATO, nem geopolítica, nem económica, nem militarmente.

"Toda a NATO não pode deixar de compreender que a Rússia não tem nenhum motivo, nenhum interesse, nem geopolítico, nem económico, nem político, nem militar em lutar com os países da NATO", disse em declarações ao programa "Moscovo. Kremlin. Putin".

Putin sublinhou que isto inclui os Estados Unidos, a quem chamou "o único dono da NATO", uma vez que o bloco militar é "o seu quintal".

"Não temos disputas territoriais com eles, nem temos qualquer desejo de estragar as relações com eles", sublinhou, afirmações que foram publicadas no Telegram por Pavel Zarubin, o apresentador do programa.

O Kremlin está interessado "em desenvolver relações" com estes países, que apoiaram a Ucrânia na sua guerra com a Rússia desde o início.

Putin considerou um "disparate soberano" as acusações do Presidente dos EUA, Joe Biden, de que a Rússia está a preparar-se para atacar a Aliança Atlântica.

"Penso que o Presidente Biden também compreende que se trata apenas de uma figura de estilo para justificar a sua política errática em relação à Rússia", afirmou.

Olhando para o passado, Putin acusou o Ocidente de procurar a desintegração da Federação Russa após a dissolução da União Soviética em 1991.

Desta forma, a Rússia "não terá peso nem voz e não poderá defender os seus interesses nacionais como o faz o Estado russo unido", afirmou.

"Terão de encontrar um terreno comum connosco, pois terão de nos ter em conta", insistiu o líder russo, que garante que o mundo está a mudar e que o Ocidente está a deixar de ser a única potência hegemónica.

Admitiu também ter pecado por "ingenuidade" nos primeiros anos do seu mandato à frente do Kremlin, ao pensar que os antigos inimigos da URSS compreenderiam que a Rússia é outro país, que o "antagonismo ideológico" tinha acabado e que era preciso renunciar à política de "confrontação".

Putin, que está no poder desde 2000 e que receberá hoje o apoio do partido do Kremlin para a sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de 2024, assegurou esta semana, na sua primeira grande conferência de imprensa após a guerra, que não haverá paz na Ucrânia até que a Rússia atinja os objetivos que estabeleceu em fevereiro de 2022.

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  • Cidadao
    17 dez, 2023 Lisboa 13:14
    As "garantias" e a palavra de Putin, valem menos que o papel que uso para forrar o caixote-de-lixo. Este tipo 10 horas antes da invasão à Ucrânia, dizia que tudo não passavam de "exercícios militares" e não ia haver invasão nenhuma. Viu-se, e parvo ou cúmplice é quem ainda acredita em seja o que for que ele diz. Sugiro que o Ocidente não desista do tal plano de reforçar todas as guarnições e meios com os tais 300 000 soldados e material em quantidade. Se a Rússia controlar a Ucrânia e estiver face a face com a Europa, serve de pouco dizer "somos NATO" e aí serão precisos não 300 000 mas pelos menos 500 000 soldados e isso custa muito mais que o apoio que dão a conta-gotas à Ucrânia. A não ser que a ideia seja abrir as portas e passar a ser Moscovo a mandar em nós.

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