23 dez, 2023 - 18:52 • Lusa
O movimento palestiniano Hamas disse este sábado que, devido aos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, perdeu o contacto com os milicianos encarregados de um grupo de reféns, que poderão ter morrido.
No ataque em Israel a 7 de outubro o Hamas sequestrou muitas dezenas de pessoas, algumas delas ainda reféns do grupo, tendo admitido que pelo menos três delas morreram.
"Como resultado do bárbaro bombardeamento sionista, perdemos o contacto com o grupo responsável por cinco prisioneiros sionistas, incluindo Chaim Peri, Yoram Metzger e Amiram Cooper. Acreditamos que os prisioneiros morreram", declarou o Hamas em comunicado.
O Exército israelita anunciou este sábado que cinco dos seus soldados foram mortos desde sexta-feira em combate na Faixa de Gaza.
Quatro militares foram mortos na sexta-feira no sul da Faixa de Gaza e um quinto este sábado no norte do território palestiniano, indicou o Exército em comunicado.
Estas baixas elevam para 144 o número de soldados israelitas mortos desde o início da ofensiva terrestre do Exército israelita na Faixa de Gaza em 27 de outubro.
A recente guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.
No total, 1.140 pessoas, na maioria civis, foram mortas nesse dia, segundo uma contagem da agência noticiosa AFP a partir dos últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde segundo o governo local liderado pelo Hamas já foram mortas cerca de 20.200 pessoas e feridas mais de 52 mil, na maioria civis, destruídas a maioria das infraestruturas e perto de 1,9 milhões forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade da população do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 07 de outubro, mais de 280 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico.