29 dez, 2023 - 23:06 • Lusa
O Exército israelita (IDF) anunciou esta sexta-feira ter encontrado e destruído túneis do quartel-general do Hamas no norte de Gaza, além de um esconderijo do líder do movimento islamita palestiniano, Yahia Sinwar, na Faixa de Gaza.
Nestes subterrâneos identificados, refere o Exército israelita em comunicado, "há uma rede elétrica, infraestruturas de ventilação e saneamento, salas de oração e descanso", além de "um dos apartamentos refúgio" de Sinwar, este último lugar "localizado perto da cidade de Gaza".
"No seu interior foram feitas muitas descobertas", as tropas "examinaram o apartamento com meios tecnológicos adicionais" e descobriram "um túnel estratégico", que "aparentemente era utilizado por altos cargos da ala política e militar do Hamas", adiantou a mesma fonte.
"O apartamento era parte de uma longa e ramificada rede de túneis pela qual se movimentavam e operavam membros de alto escalão" do Hamas e o túnel em si tem cerca de 218 metros de comprimento e 20 de profundidade.
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Segundo o Exército, o túnel "foi construído para que fosse possível permanecer" e planear combates nele "durante longos períodos de tempo", e foi agora dinamitado.
A campanha de Israel, que já arrasou grande parte do norte do enclave, está agora concentrada nos campos de refugiados urbanos de Bureij, Nuseirat e Maghazi, no centro de Gaza, onde os aviões de guerra e a artilharia israelitas destruíram vários edifícios.
Mas os combates não diminuíram no norte, bem como na cidade de Khan Younis, no sul, onde Israel acredita que os líderes do Hamas estão escondidos, sendo ambas as zonas, considerou a AP, "campos de batalha violenta".
A guerra já matou mais de 21.500 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e provocou uma crise humanitária que deixou um quarto da população do enclave em situação de fome.
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O número de mortos, divulgado pelo Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, não faz distinção entre civis e combatentes.
Os responsáveis israelitas têm rejeitado os apelos internacionais para um cessar-fogo, afirmando que tal equivaleria a uma vitória do Hamas, movimento considerado terrorista pelos países ocidentais e que Israel prometeu desmantelar.
Telavive também prometeu trazer de volta os mais de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro a território israelita, o que desencadeou a guerra, e que provocou a morte a cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis.
O exército israelita confirmou que 168 militares foram mortos desde o início da ofensiva terrestre.