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Rússia atinge zonas residenciais em "ataque maciço" à Ucrânia

29 dez, 2023 - 05:51 • Miguel Marques Ribeiro com Lusa

Pelo menos seis cidades foram atingidas durante a madrugada. Até ao momento registaram-se 18 mortos e 132 feridos.

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A Rússia lançou na madrugada desta sexta-feira um ataque "maciço" visando 158 alvos na Ucrânia. O último balanço aponta para 18 mortos e 132 feridos, segundo dados oficiais.

As primeiras explosões foram ouvidas pelas 5h00 locais. Pelo menos seis cidades foram atingidas: Kiev, Lviv, Odessa, Dnipro, Kharkiv e Zaporizhzhia, com impacto nas zonas residenciais.

Na capital, Kiev, fragmentos de rockets caíram em diversos bairros, provocando três mortos e 28 feridos.

Em Kharkiv, o autarca Igor Terekhov referiu um "ataque maciço", tendo-se ouvido "pelo menos seis explosões", enquanto em Lviv, uma cidade mais raramente visada pelas forças da Rússia, o autarca Andriy Sadovyi mencionou "dois ataques".

No entanto, o maior número de vítimas registou-se em Dnipro, com seis mortos e 28 feridos.

Em Konotpo, no Oblast de Sumy também se verificaram explosões.

Na rede social X, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, referiu que foram lançados cerca de 110 mísseis diferentes: Kindzhals, S-300, mísseis de cruzeiro e drones.

A força aérea ucraniana terá conseguido intercetar 27 drones e 87 mísseis de cruzeiro, avança a Suspilne News, citada pelo The Guardian

O líder máximo da Ucrânia endereçou as condolências à família e garantiu que os serviços estão a prestar a ajuda necessária.

Líderes mundiais solidários com a Ucrânia

Outros líderes mundiais reagiram nas redes sociais.

No X, Rishi Sunak garantiu que o Reino Unido continuará ao lado da Ucrânia, enquanto for necessário.

“Estes ataques generalizados às cidades da Ucrânia mostram que Putin não irá parar perante nada para alcançar o seu objectivo de erradicar a liberdade e a democracia”.

Também no X, a embaixadora dos Estados Unidos em Kiev apresentou os ataques de hoje como argumento para desbloquear o financiamento americano ao regime de Zelenskiy.

“A Ucrânia precisa de financiamento agora para continuar a lutar pela libertação deste horror em 2024”, declarou Bridget A. Brink.

Russos intensificam ataques nos últimos dias

Na quinta-feira, ataques russos mataram três pessoas e feriram nove num ataque de artilharia russa a duas aldeias nas margens do Dnieper, rio que separa os exércitos russo e ucraniano na região de Zaporijia, no sul da Ucrânia, de acordo com as autoridades locais.

O governador da aldeia de Bilenke, Iuri Malachko, precisou que todas as vítimas eram civis.

As forças russas também realizaram vários ataques na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, de acordo com a polícia regional.

Uma mulher sexagenária morreu devido aos ferimentos após um bombardeamento em Vovchansk, muito perto da fronteira com a Rússia, e outras duas mulheres ficaram feridas, disse a mesma fonte.

Três mulheres, com idades entre os 58 e os 76 anos, também ficaram feridas num ataque aéreo na vila de Glushkivka, disseram as autoridades.

[Notícia atualizada às 14h08]

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