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Morte de “número 2” do Hamas é “uma mossa grande”

02 jan, 2024 - 20:19 • Vasco Bertrand Franco

Maria João Tomás, especialista em assuntos internacionais, comenta ataque com drone no Líbano, que resultou na morte de Saleh Al-Arouri.

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O assassinato do “número 2” do Hamas, Saleh Al-Arouri, pode prejudicar as negociações de cessar-fogo e troca de reféns com Israel e levar ao envolvimento direto do Hezbollah na guerra, diz à Renascença Maria João Tomás, especialista em assuntos internacionais.

Saleh Al-Arouri foi um dos fundadores das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, e morreu esta terça-feira na sequência de um ataque com um drone, em Beirute, no Líbano, onde estava exilado há vários anos.

Em declarações à Renascença, Maria João Tomás garante que esta é “uma mossa grande” que Israel faz no Hamas, da qual o grupo palestiniano se vai “ressentir”.

A especialista antecipa que a morte de Saleh Al-Arouri pode ter “repercussões na troca de reféns e até poderá haver morte propositadas de reféns”.

A repercussão mais imediata será a escalada da guerra, havendo mesmo o perigo de um envolvimento direto do Hezbollah e um apoio “indireto ou mais direto do Irão”, sublinha.

A professora catedrática afirma que para Israel tentar “acabar” com o Hamas é necessário “matar os seus dirigentes”.

“Não é a matar árabes que se vai acabar com o Hamas, mas sim ao matar os seus dirigentes”, sublinha.

Maria João Tomás compara Saleh Al-Arouri ao líder do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh. Classificando esta morte como “muito importante”.


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