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Equador. Vaga de violência faz pelo menos oito mortos e três feridos

10 jan, 2024 - 06:51 • Lusa

O Equador viveu na terça-feira um dia de terror devido à atuação de grupos do crime organizado, depois de o Presidente ter decretado, na segunda-feira, o estado de emergência, que incluiu seis horas de recolher obrigatório de durante a noite.

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Pelo menos oito pessoas morreram e outras três ficaram feridas, incluindo um agente da polícia, em vários ataques armados registados na terça-feira em Guayaquil, confirmou o autarca da cidade do sudoeste do Equador.

Numa conferência de imprensa conjunta com a polícia, Aquiles Álvarez manifestou solidariedade às famílias das vítimas e disse que o seu compromisso "é com a segurança" da cidade costeira.

"Vamos trabalhar de forma proativa e colaborativa com as forças públicas, a quem apoiamos de forma absoluta para fortalecer a resposta conjunta à grave crise de segurança", acrescentou o autarca.

Álvarez apelou também à "unidade nacional" e mostrou-se confiante de que "as Forças Armadas e a Polícia Nacional" tomarão as medidas necessárias para restabelecer a ordem e a paz no Equador.

O Equador foi atingido por uma série de atos de violência em várias cidades, incluindo na capital Quito.

Homens armados invadem estúdio de televisão no Equador em direto
Homens armados invadem estúdio de televisão no Equador em direto

Em Guayaquil, epicentro da violência e segunda maior cidade do país sul-americano, ocorreram roubos, saques e tiroteios em áreas comerciais, admitiu na polícia, numa conferência de imprensa.

Na zona norte da cidade costeira, vários indivíduos dispararam contra veículos que passavam nas imediações, provocando a morte de cinco pessoas e ferindo um estudante. Na mesma zona, um grupo armado invadiu um armazém e assassinou três pessoas.

Também em Guayaquil, vários homens armados invadiram um estúdio do canal de televisão TC e fizeram os jornalistas e outros funcionários reféns durante uma transmissão em direto.

Todos os homens armados que invadiram o estúdio de televisão foram, entretanto, detidos, segundo o chefe da Polícia Nacional, comandante César Zapata, em declarações ao canal Teleamazonas.

A Procuradoria do Equador disse na rede social X que irá acusar 13 pessoas pelo crime de terrorismo pelo ataque.

Pouco tempo depois, o Presidente do Equador decretou estado de "conflito armado interno" e ordenou a neutralização dos grupos criminosos envolvidos no tráfico de drogas.

Num decreto presidencial, Daniel Noboa ordenou "a mobilização e intervenção das forças armadas e da Polícia Nacional (...) para garantir a soberania e integridade nacionais contra o crime organizado e organizações terroristas".

Também o Tribunal Nacional de Justiça (CNJ) lamentou a "ofensiva do crime organizado", referindo-se igualmente a motins nas prisões, automóveis incendiados e ataques com explosivos.

Em comunicado, o tribunal condenou os ataques e ameaças que surgiram contra o presidente do CNJ, Iván Saquicela, e a procuradora-geral do Estado, Diana Salazar.

O Equador viveu na terça-feira um dia de terror devido à atuação de grupos do crime organizado, depois de o Presidente ter decretado, na segunda-feira, o estado de emergência, que incluiu seis horas de recolher obrigatório de durante a noite.

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