12 jan, 2024 - 18:29 • Lusa
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os Estados Unidos e o Reino Unido de responderem de forma desproporcional contra os Huthis no Iémen, após ataques a navios dos rebeldes iemenitas no Mar Vermelho.
"Os Estados Unidos e Israel estão a usar a mesma força desproporcional contra os palestinianos e os britânicos estão a seguir os passos dos Estados Unidos. Estão a tentar criar um banho de sangue no Mar Vermelho", acrescentou Erdogan.
Desde o início do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, a 7 de outubro, Erdogan tem sido um dos críticos mais virulentos dos israelitas e do apoio dos Estados Unidos ao Estado hebraico.
O Hamas ameaçou que os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido contra os rebeldes Huthis no Iémen terão repercussões na segurança regional.
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, anunciaram que cinco combatentes foram mortos e seis ficaram feridos após os bombardeamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido, em resposta aos ataques dos rebeldes iemenitas a navios no Mar Vermelho.
O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, disse numa declaração transmitida pela televisão, em Sana, que os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram um total de 73 ataques contra várias províncias controladas pelos Huthis no Iémen, que mataram cinco membros e feriram outros seis.
O comando da Força Aérea dos Estados Unidos no Médio Oriente disse ter atingido mais de 60 alvos em 16 locais no Iémen, incluindo "bases de comando e controlo, depósitos de munições, sistemas de lançamento, instalações de produção e sistemas de radar de defesa aérea".
Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sana, e outras cidades controladas pelos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Huthi Al-Massirah.
Entretanto, numa declaração conjunta, os 10 países envolvidos na operação (Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e Coreia do Sul) observaram que o objetivo continua a ser "reduzir as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".