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Guerra na Ucrânia

Zelensky agradece a Séjourné o "apoio inabalável" de Paris

13 jan, 2024 - 19:53 • Lusa

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, afirmou durante uma visita a Kyiv que a Ucrânia "é e continuará a ser a prioridade" de França.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje à França o "apoio inabalável" de Paris, após uma reunião com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, com quem abordou as necessidades de defesa da Ucrânia.

"Obrigado, França, pelo apoio inabalável no campo de batalha aos nossos soldados e pela assistência ao nosso povo", escreveu Zelensky numa mensagem publicada na rede social Telegram, na qual se referia ao seu encontro de hoje com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês.

O líder ucraniano acrescentou que foram discutidas as necessidades de defesa da Ucrânia: produção conjunta de 'drones' (aparelhos não tripulados), artilharia e fortalecimento da defesa antiaérea.

"Informei-o sobre o trabalho a propósito da Fórmula da Paz" proposta por Kyiv, disse Zelensky, que agradeceu à França pela sua participação ativa neste trabalho global.

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, afirmou hoje durante uma visita a Kyiv que a Ucrânia "é e continuará a ser a prioridade" de França.

Tratou-se da primeira visita ao estrangeiro de Stéphane Séjourné como chefe da diplomacia francesa.

Em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba, Séjourné afirmou ser na Ucrânia "que os princípios fundamentais do direito internacional e os valores da Europa, bem como os interesses de segurança dos franceses, estão a ser defendidos".

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros francês foi hoje a Kyiv mostrar o apoio de Paris à Ucrânia antes do segundo aniversário da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

A visita surge numa altura crucial para a Ucrânia, quando os seus aliados europeus e norte-americanos debatem a continuação do apoio ao país face aos ataques russos.

Séjourné, nomeado chefe da diplomacia francesa na quinta-feira, "chegou a Kyiv para a sua primeira viagem ao terreno, a fim de prosseguir a ação diplomática francesa no país e reiterar o compromisso da França com os seus aliados e com a população civil", disse o seu ministério na rede social X (antigo Twitter).

"Durante quase dois anos, a Ucrânia tem estado na linha da frente na defesa da sua soberania e na garantia da segurança da Europa. A ajuda da França é um compromisso a longo prazo. É o que venho dizer em Kyiv nesta minha primeira deslocação", afirmou o ministro numa mensagem publicada na mesma rede social.

A ajuda militar de França à Ucrânia ascende a 3,2 mil milhões de euros, de acordo com um relatório parlamentar publicado em novembro.

O forte apoio dado pelos países ocidentais após a invasão russa sofreu uma quebra nas últimas semanas, num contexto de divergências políticas.

As novas promessas de ajuda ocidental abrandaram drasticamente, caindo para o seu nível mais baixo desde o início da guerra, segundo indicou o instituto de investigação alemão Kiel Institute, no início de dezembro.

Na sexta-feira à noite, Moscovo lançou 40 mísseis e 'drones' contra a Ucrânia, oito dos quais foram destruídos e "mais de 20" falharam o alvo, graças, nomeadamente, a "contramedidas eletrónicas", anunciou a força aérea ucraniana.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra as cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia ilegalmente anexada em 2014.

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