Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Médio Oriente

Familiares de reféns pedem a Guterres e à ONU para "usarem o poder que têm"

15 jan, 2024 - 15:12 • Lusa

"Este é um assunto do Mundo, não de Israel", apela Omri Shtivi, irmão de um dos reféns mantidos em Gaza e que tem nacionalidade portuguesa.

A+ / A-

Familiares de reféns do Hamas apelaram nesta segunda-feira a António Guterres e às Nações Unidas para usarem "o poder que têm" para libertar os homens, mulheres e crianças há 100 dias em cativeiro e criticaram o silêncio das organizações humanitárias.

Numa conferência de imprensa em direto de Telavive, em Israel, organizada pela associação luso-israelita Aliados, no Porto, a mãe e o irmão de dois dos mais de 110 reféns feitos pelo movimento islamita palestiniano Hamas, que continuam em cativeiro, exigiram a "libertação imediata" de todos os detidos e alertaram para aquilo que consideram ser "um problema do mundo" e não apenas de Israel.

Há 100 dias, a 7 de outubro, combatentes do Hamas invadiram território israelita num ataque sem precedentes, mataram 1.130 pessoas e raptaram mais de 200 cidadãos de várias nacionalidades, incluindo portuguesa, dos quais cerca de 110 continuam em cativeiro.

"Exigimos que todos os que se consideram humanos façam algo para tirar aquelas 110 pessoas dali. Este é um assunto do Mundo, não de Israel", apelou Omri Shtivi, irmão de Idan, de 28 anos, um dos reféns mantidos em Gaza e que tem nacionalidade portuguesa.

Ao lado, Sheill Shem Tov, mãe de Omer Shem Tov, 21 anos, também ele em cativeiro, direcionou o apelo: "António Guterres, Organização das Nações Unidas (ONU), façam alguma coisa. É inacreditável que ninguém fale da situação dos reféns. Ajudem-nos! A ONU que use o seu poder para trazer de volta estas pessoas", exortou.

Minutos antes da conversa com os jornalistas, a ALIADOS divulgou seis minutos com imagens de um conjunto de vídeos que até agora foram apenas exibidas em circuitos diplomáticos e militares. São imagens captadas pelos combatentes do Hamas que atacaram Israel a 7 de outubro.

São imagens "cruas, feias, sangrentas", de corpos desfeitos e queimados, sangue, casas invadidas, pessoas a serem agredidas e exibidas, festejos de agressores.

No vídeo é possível ver parte da invasão do festival de música onde estava grande parte dos reféns. Dispararam sobre as casas de banho, ocupadas, sobre carros que fugiam, sobre quem dançava, sobre quem corria, sobre quem se escondeu.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+