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Coreia do Sul. Chefe da polícia de Seul acusado em caso de debandada que matou 158 pessoas

20 jan, 2024 - 06:27 • Lusa

Dezenas de milhares de pessoas juntaram-se na noite de 29 de outubro de 2022 para celebrar a primeira festa do Halloween desde a pandemia, que decorreu no cosmopolita distrito de Itaewon, em Seul.

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O chefe da polícia de Seul foi acusado de negligência profissional no âmbito da debandada do Halloween que causou a morte a 158 pessoas em 2022, anunciou sexta-feira o Ministério Público (MP) da capital sul-coreana.

Kim Kwang-ho, chefe da agência da polícia metropolitana de Seul, foi acusado de negligência profissional que resultou em ferimentos ou morte, indicou em comunicado o gabinete do procurador do distrito ocidental da capital.

A debandada ocorreu quando dezenas de milhares de pessoas se juntaram na noite de 29 de outubro de 2022 para celebrar a primeira festa do Halloween desde a pandemia, que decorreu no cosmopolita distrito de Itaewon, em Seul.

Na noite em causa, Kim "não tomou as medidas necessárias, tais como o destacamento de forças policiais em número suficiente e a garantia de um comando e supervisão adequados", apesar de ser possível "prever os perigos potenciais decorrentes" da presença de demasiadas pessoas, de acordo com o comunicado.

Kim, o mais alto responsável da polícia a ser julgado neste caso, foi acusado mas não se encontra detido.

"Juntamente com o chefe da polícia de Yongsan [distrito de Seul] e o responsável da Câmara Municipal de Yongsan, que estão atualmente a ser julgados, causaram coletivamente a morte de 158 pessoas e ferimentos a 312 pessoas devido a negligência profissional", notou ainda o MP.

As famílias das vítimas lamentaram o longo atraso na decisão de acusar Kim Kwang-ho.

"Kim deve abandonar imediatamente as suas funções e ser levado a tribunal", afirmaram familiares em comunicado.

Além disso, apelaram ao Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol para "demitir Kim imediatamente".

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