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Reino Unido suspende apoio a agência da ONU para os refugiados palestinianos

27 jan, 2024 - 21:14 • Redação

É mais um país a tomar esta decisão na sequência das notícias de suspeitas de que elementos daquela organização participaram nos ataques em solo israelita a 7 de outubro em conjunto com soldados do Hamas.

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O Reino Unido foi último país a suspender o financiamento à agência da ONU para os refugiados palestinianos, a UNRWA.

Isto ocorre depois que a agência anunciar a demissão de vários de seus funcionários por alegado envolvimento nos ataques do Hamas em 7 de outubro. O governo do Reino Unido disse estar “horrorizado” com as alegações feitas por Israel.

Os EUA, Austrália, Itália, Canadá e Finlândia já suspenderam o financiamento adicional à agência da ONU.

Criada em 1949, o UNRWA, é a maior agência da ONU a operar em Gaza. Fornece cuidados de saúde, educação e outra ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, no Líbano e na Síria. Emprega cerca de 13.000 pessoas em Gaza.

Desde que Israel iniciou a ofensiva em resposta aos ataques de 7 de Outubro, o UNRWA tem utilizado as instalações em Gaza para abrigar centenas de milhares de civis deslocados.

A Agência afirma que ordenou uma investigação sobre as informações fornecidas por Israel.

Israel há muito que acusa diferentes ramos das Nações Unidas, incluindo a UNRWA, de parcialidade e até de anti-semitismo.

Em declarações à BBC, o antigo porta-voz principal da organização, Christopher Gunness, disse que a suspensão da ajuda à UNRWA foi desproporcional e só pode levar a mais sofrimento em Gaza.

Gunness acredita que a UNRWA demonstrou a sua política de tolerância zero ao despedir os funcionários antes da conclusão da investigação interna.

"Um milhão de pessoas deslocadas estão atualmente a refugiar-se dentro e à volta dos edifícios da UNRWA. São eles que sofrerão com o resultado desta decisão", disse Gunness, acrescentando: "A redução dos serviços da UNRWA também desestabilizará a região num momento quando os governos ocidentais estão tentando conter uma conflagração regional."

Na sexta-feira, um conselheiro do primeiro-ministro israelita disse à BBC que os ataques do Hamas de 7 de outubro envolveram "pessoas que recebem os seus salários [da UNRWA]".

Mark Regev disse que havia informações que mostravam que os professores que trabalhavam nas escolas da UNRWA tinham "comemorado abertamente" os ataques de 7 de outubro.

Ele também se referiu a uma refém israelense que, ao ser libertada, disse ter sido “mantida na casa de alguém que trabalhava para a UNRWA”.

“Eles têm um sindicato que é controlado pelo Hamas e penso que já é tempo de a ONU investigar estas ligações entre a UNRWA e o Hamas”, acrescentou.

As alegações geraram reação dos principais doadores.

“O Reino Unido está consternado com as alegações de que funcionários da UNRWA estiveram envolvidos no ataque de 7 de outubro contra Israel, um ato hediondo de terrorismo que o Governo do Reino Unido condenou repetidamente”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido num comunicado.

“O Reino Unido está a suspender temporariamente qualquer financiamento futuro da UNWRA enquanto analisamos estas alegações preocupantes”, acrescentou.

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  • António Costa
    29 jan, 2024 Porto 07:37
    (Compreendo, é assim).
  • António Costa
    28 jan, 2024 Porto 15:31
    Estando as instâncias superiores prontas para encobrir os factos denunciados, fazendo orelhas mocas e negando evidências é legitimo todos dentro das instituições pagarem o preço, mas ficando ela também escandalizadas e prontas a descobrir possíveis envolvidos, pagarem na mesma esse preço? Só se pode concluir vontades fortes, injustificaveis.

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