29 jan, 2024 - 08:10 • Lusa
Os rebeldes Houthis do Iémen anunciaram esta segunda-feira que voltaram a atacar um navio militar dos Estados Unidos no golfo de Aden, a sul do mar Vermelho, no domingo à noite, algo não confirmado por Washington.
O porta-voz militar dos Houthis disse que os rebeldes lançaram "um míssil naval contra um navio da Marinha dos EUA, Lewis B Puller, enquanto navegava no golfo de Aden", de acordo com uma mensagem divulgada na rede social X (antigo Twitter).
Yehya Sarea alegou que o navio estava encarregado de fornecer "apoio logístico" às forças norte-americanas nas operações contra as posições Houthis.
O porta-voz garantiu que os iemenitas vão continuar a realizar este tipo de ações contra navios dos EUA e do Reino Unido devido aos recentes bombardeamentos de posições dos Houthis e pelo apoio à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) disse ter atingido, no sábado, um míssil antinavio dos Houthis, "pronto para ser lançado", em direção ao mar Vermelho.
No mesmo dia, o líder do Conselho Presidencial do Iémen apelou ao apoio dos Estados Unidos e da Arábia Saudita "para eliminar" a capacidade dos rebeldes Houthis de realizarem ataques a navios, defendendo que as operações defensivas realizadas até agora não chegam.
"As operações defensivas não são a solução", disse Rashad al-Alimi, numa conferência de imprensa em Riade, citado pela agência de notícias France-Presse, referindo-se aos ataques norte-americanos e britânicos contra os rebeldes iemenitas.
"A solução é eliminar as capacidades militares dos Houthis", defendeu.
Desde novembro que os rebeldes iemenitas Houthis têm atacado, no mar Vermelho e no golfo de Aden, navios que consideram ligados a Israel, "em solidariedade" com os palestinianos de Gaza, afetados pela guerra entre o Exército israelita e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Em janeiro, perante o aumento dos ataques no mar Vermelho, os Estados Unidos, por vezes com o aliado Reino Unido, começaram a lançar ataques contra posições Houthis no Iémen, "para proteger" o tráfego marítimo dos ataques dos rebeldes, apoiados pelo Irão.