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"É hora de todo o Brasil se unir contra a dengue". Governo intensifica combate à doença

07 fev, 2024 - 04:52 • Lusa

O país registou 345.235 casos prováveis de dengue este ano, com 36 mortes e outras 234 em investigação. O número de casos triplicou entre os dias 21 e 27 de janeiro, comparando com o mesmo período do ano passado.

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A ministra da Saúde do Brasil apelou à união de todo o país "contra a dengue", numa altura em que os casos aumentam exponencialmente em 2024, depois de 2023 ter registado números nunca antes vistos.

"Este é o momento de intensificar os cuidados e a prevenção. Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue", afirmou na terça-feira Nísia Trindade, num pronunciamento ao país.

"O calor recorde e as chuvas acima da média desde o ano passado aumentaram os focos do mosquito transmissor. Essa situação exige ações adicionais do Governo Federal, dos governadores, dos prefeitos e de toda a população", disse.

Dados do Ministério da Saúde do Brasil indicam que o país registou 345.235 casos prováveis de dengue este ano, com 36 mortes e outras 234 em investigação. O número de casos triplicou entre os dias 21 e 27 de janeiro, comparando com o mesmo período do ano passado.

Os estados do Acre, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal decretaram situação de emergência em saúde pública.

Em 2023, o país sul-americano registou mais de 1,6 milhões de casos da doença, mais de um quinto de todos os notificados no mundo, e 1.094 mortes, um recorde histórico.

A ministra da Saúde brasileira afirmou ainda ter já transferido 280 milhões de euros para os estados e municípios atuarem em medidas de prevenção e de cuidados de assistência médica.

"É fundamental que os prefeitos e prefeitas intensifiquem os cuidados com a limpeza urbana, evitando o acúmulo de lixo e de água onde os mosquitos se proliferam. Da mesma forma, é essencial a ação dos governadores, apoiando seus sistemas de saúde", sublinhou.

De acordo com Nísia Trindade, cerca de 75% dos focos estão dentro de casa.

"Vamos tapar as caixas de água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos, retirar água acumulada dos vasos e plantas", apelou.

Quanto às vacinas disponibilizadas do serviço de saúde público estás serão dadas progressivamente, "dado o número limitado de doses produzidas pelo laboratório fabricante", justificou.

"Dentre o grupo para o qual a vacina foi autorizada, serão imunizadas as crianças entre 10 e 14 anos" sendo que ao mesmo tempo, o governo "coordenará um esforço nacional para ampliar a produção e o acesso a vacinas para dengue", garantiu.

O Brasil começará uma campanha de vacinação pública contra a dengue este mês. O país já divulgou a lista de cerca de 500 cidades que vão receber a vacina contra a dengue, que num primeiro momento deverá dar prioridade a crianças e adolescentes com idade de 10 anos a 14 anos por estarem entre o público com maior número de internamentos devido à doença.

O Brasil prevê receber até 6,2 milhões de doses de uma vacina japonesa contra a dengue em 2024. Porém, por se tratar de uma vacinação que requer duas doses de vacina, esse valor abrange apenas 3,1 milhões de pessoas e é insuficiente para enfrentar a atual explosão de casos.

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  • Timbo Caspite
    07 fev, 2024 Lisboa 09:12
    Mais uma vez o governo brasileiro se esconde atrás de uma calamidade pública para usurpar seus contribuintes. Claro que esta questão de saúde pública é calamitosa, pois tem vitimado centenas de inocentes Porém, ao mesmo tempo é completamente vergonhosa. Já é sabido que milhares de reais serão solicitados ao governo federal e outros milhares serão desviados e serão usados para corromper os corrupíveis,fatos já que outrora o presidente atual e outros "companheiros" já cumpriram pena na cadeia por corrupção. A bandidagem está mesmo de volta no gigante adormecido.

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