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Rússia. Críticas ao exército vão passar a valer apreensão de bens e dinheiro

14 fev, 2024 - 11:14 • Lusa

Desde o início da guerra na Ucrânia já foram detidas quase 20 mil pessoas, segundo a organização não-governamental OVD-Info.

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A Rússia vai passar a confiscar o dinheiro e bens de pessoas condenadas pela divulgação de "informações falsas" sobre o exército russo, segundo uma lei promulgada hoje pelo Presidente Vladimir Putin.

Moscovo proibiu as críticas ao exército pouco depois de ter lançado a ofensiva contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

O novo texto foi aprovado no final de janeiro pela Duma, a câmara baixa do parlamento russo, e no início de fevereiro pelo Conselho da Federação, a câmara alta, de acordo com a agência francesa AFP.

Sem surpresa, o decreto presidencial assinado por Putin foi publicado hoje, numa nova ilustração da repressão contra os críticos do Kremlin (presidência), dois anos após o início do ataque à Ucrânia.

Putin, no poder há mais de 20 anos, vai candidatar-se a um novo mandato nas eleições marcadas para março.

O regime endureceu a repressão dos opositores e dos que contestam a guerra contra a Ucrânia, que Moscovo designa oficialmente como uma “operação militar especial”.

A repressão levou ao encerramento de órgãos de comunicação social considerados hostis pelo Kremlin e à fuga de muitos críticos e ativistas para o estrangeiro. Outros, como Alexei Navalny e Vladimir Kara-Murza, cumprem pesadas penas de prisão na Rússia.

De acordo com a organização não-governamental OVD-Info, que documenta a repressão política na Rússia, 19.855 pessoas foram detidas no país desde a invasão da Ucrânia, de que resultaram 871 processos-crime.

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