16 fev, 2024 - 18:19 • Ricardo Vieira, com Reuters
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“Putin é responsável pela morte de Alexei Navalny”. Foi desta forma que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu à morte do dissidente russo, esta sexta-feira, numa prisão na Sibéria.
“Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas não há dúvida de que a morte de Nalvany foi consequência de algo que Putin e seus capangas fizeram”, afirmou Joe Biden, numa declaração a partir da Casa Branca.
O Presidente norte-americano diz que Moscovo vai contar a sua própria versão da história, mas sublinhou: “Não se enganem. Putin é responsável pela morte de Navalny”.
Joe Biden elogiou a coragem de Alexei Navalny na luta contra o regime “corrupto” e “violento” do Presidente russo, Vladimir Putin, e admite novas medidas para sancionar a Rússia.
Os aliados da NATO devem estar em “grande unidade”, apesar dos esforços “desesperados” de Putin para eliminar a oposição, declarou.
O Presidente norte-americano apelou à Câmara dos Representantes dos EUA para aprovar o pacote de ajuda à Ucrânia. “Está na altura de se chegarem à frente, em vez de tirarem duas semanas de férias. No que estão a pensar. Isto é bizarro”, afirmou.
O secretário-geral da NATO recorda que o Kremlin tem usado "uma opressão brutal contra a oposição" por muitos anos. Jens Stoltenberg espera que a Rússia "apure todos os factos e responda a todas as dúvidas" sobre a morte de Alexei Navalny.
O presidente do Conselho Europeu diz que a Rússia "é a única responsável" pela morte do líder da oposição. Na sua página no X (antigo Twitter), Charles Michel diz que Navalny fez "o maior sacrífício" pelos valores da Democracia e da Liberdade.
Para Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, "é óbvio" que Vladimir Putin está por trás da morte do seu mais mediático opositor político.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, considera que Navalny "pagou pela sua coragem" na defesa dos valores democráticos na Rússia.
"Putin e os seus amigos não vão ficar impunes." Yulia Navalnaya reagiu assim à morte do marido, durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique. "Devo estar aqui perante vós ou devo voltar para os meus filhos?", começou por questionar a mulher de Alexei Navalny perante a plateia, horas depois de ter recebido a notícia. "Depois pensei: o que faria Alexei no meu lugar? Tenho a certeza de que estaria aqui, neste palco."
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, também responsabiliza o Presidente russo pela morte de Alexei Navalny, homenageando o opositor do Kremlin pela sua resistência e luta pela democracia na Rússia.
"Putin, que exerceu o seu poder arbitrário prendendo-o em circunstâncias cada vez mais draconianas, é responsável pela sua morte" escreveu João Gomes Cravinho na rede social X (antigo Twitter).
A presidente do Parlamento Europeu considera que o mundo "perdeu um lutador" que inspirará gerações e admite estar "horrorizada". "A Rússia retirou a sua liberdade e a sua vida, mas não a sua dignidade", escreveu Roberta Metsola nas redes sociais.
O primeiro-ministro do Reino Unido refere que o opositor de Vladimir Putin demonstrou ter "uma coragem incrível". Rishi Sunak classica a morte de Navalny como "uma enorme tragédia" para o povo russo.
Alexei Nalvany morreu esta sexta-feira numa cadeia russa da região da Sibéria. O opositor de Vladimir Putin, de 47 anos, estava preso há cerca de três anos e cumpria uma longa pena que o manteria na prisão até aos 74 anos.
A prisão de Yamalo-Nenets refere, em comunicado, que Navalny estava a caminhar no exterior, "sentiu-se mal e quase subitamente perdeu a consciência".