18 fev, 2024 - 22:47 • Lusa
O Hamas reagiu este domingo à recusa do Governo israelita em apoiar uma proposta internacional que culmine na criação de um Estado Palestiniano, e pediu à comunidade internacional para trabalhar pela autodeterminação do seu povo.
Horas antes desta declaração, Israel tinha voltado a recusar reconhecer um Estado palestiniano, rejeitando um plano apresentado pelos Estados Unidos e por vários países árabes, no quadro de um cessar-fogo em Gaza.
Para o movimento islamita Hamas, essa atitude de Israel "constitui um desafio ao sistema internacional e é um exemplo do comportamento da entidade sionista, que foge às leis e resoluções internacionais e nega o direito do povo palestiniano à autodeterminação e à construção do seu Estado independente, com Jerusalém como capital".
Grupo palestiniano exigem fim da operação militar (...)
Num comunicado divulgado na rede social Telegram, o Hamas também denunciou a passividade de Israel perante um problema, durante as últimas décadas, acusando o Governo israelita de apena procurar ganhar tempo para "roubar mais terras palestinianas, repovoá-las com judeus e expandir os colonatos".
"A comunidade internacional deve trabalhar para acabar com esta arrogância", acrescentou o Hamas, que apelou ainda ao reconhecimento imediato de todos os direitos do povo palestiniano, incluindo o seu direito à autodeterminação.
A proposta internacional - que seria viabilizada já nas próximas semanas, se houvesse uma trégua no conflito - incluiria, como noticiou o jornal norte-americano The
Washington Post, a evacuação de muitos ou todos os colonatos do território ocupado da Cisjordânia, a criação de uma capital palestiniana em Jerusalém Oriental e um conjunto de medidas de segurança na Cisjordânia e em Gaza.