05 mar, 2024 - 06:45 • Lusa
Pelo menos oito palestinianos morreram esta terça-feira, depois de o exército israelita ter bombardeado a cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, quando as autoridades palestinianas denunciam uma "catástrofe humanitária e sanitária".
O ataque teve como alvo uma residência familiar perto do Hospital Europeu de Gaza, disseram fontes médicas locais à agência de notícias palestiniana WAFA.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), afirmou que o exército israelita já matou 364 profissionais de saúde e prendeu 269 no local de trabalho.
Os ataques contra as infraestruturas sanitárias provocaram a destruição de 155 edifícios de saúde e colocaram fora de serviço 32 hospitais e 53 centros médicos. O Ministério palestiniano registou ainda 126 ataques a ambulâncias.
"A situação sanitária é absolutamente catastrófica e indescritível, e está a piorar cada vez mais devido à falta de assistência médica necessária. A ocupação israelita provocou deliberadamente uma catástrofe humanitária e sanitária incalculável e contribuiu para a propagação de epidemias e doenças infecciosas", de acordo com um comunicado.
O Governo israelita também registou quase um milhão de casos de doenças infecciosas para as quais não tem capacidade de prestar cuidados. O comunicado referiu ainda que estão a ser registadas mortes por desidratação e subnutrição no norte da Faixa de Gaza.
Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza em resposta ao ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, nos quais morreram 1.200 pessoas e 240 foram feitas reféns.
Desde então, as autoridades palestinianas comunicaram a morte de mais de 30.500 pessoas, tendo outras 412 sido mortas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças de segurança e por colonos israelitas.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Estados Unidos, Israel e União Europeia.