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Joe Biden ataca Putin e Trump em discurso do Estado da União

08 mar, 2024 - 07:00 • Ana Rita Borda de Água , João Malheiro

Realçando o crescimento económico do país, depois de um período inflacionista duro durante os últimos dois anos, Biden prometeu "a construção de um futuro de possibilidades americanas, a construção de uma economia do meio para fora e de baixo para cima, e não de cima para baixo".

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O discurso do Estado da União de Joe Biden desta sexta-feira, o último do seu mandato enquanto Presidente, foi marcado por um forte ataque a Putin e, sobretudo, a Donald Trump.

Foi cerca de uma hora e cinco minutos de discurso em que o chefe de Estado norte-americano tentou apaziguar as preocupações sobre a sua idade.

Joe Biden começou por se referir ao Presidente da Rússia, acusando-o de "semear o caos por toda a Europa". E avisou os Republicanos que querem cortar o apoio à Ucrânia que Putin não vai parar.

"A Ucrânia pode travar Putin se estivermos ao seu lado e lhe fornecermos as armas de que necessita para se defender", apelou.

A seguir, arrancou a parte mais substancial do discurso do Presidente dos Estados Unidos (EUA), em que por muitas vezes referiu e criticou Donald Trump, através da expressão "o meu antecessor". O chefe de Estado acusou Trump de "fazer uma vénia a um líder russo, ultrajante, perigoso e inaceitável".

A ameaça ao direito ao aborto, um dos temas fundamentais para mobilizar o eleitorado democrata, foi mencionada no discurso do Estado da União e Joe Biden prometeu restabelecer a lei "Roe v. Wade" se "o povo americano me enviar um Congresso que apoio o direto de escolha".

Realçando o crescimento económico do país, depois de um período inflacionista duro durante os últimos dois anos, Biden prometeu "a construção de um futuro de possibilidades americanas, a construção de uma economia do meio para fora e de baixo para cima, e não de cima para baixo".

"Investir em toda a América, em todos os americanos, para garantir que todos têm uma oportunidade justa e que não deixamos ninguém, ninguém para trás. É isso que a América faz. Transformar o revés em regresso. É isso que a América faz", declarou.

"Sei que o custo da habitação é muito importante para si. Se a inflação continuar a descer, as taxas de juro das hipotecas também vão descer, e a Fed reconhece isso. Mas eu não vou ficar à espera. Quero conceder um crédito fiscal anual que dará aos americanos 400 dólares por mês durante os próximos dois anos, à medida que as taxas de juro do crédito à habitação forem descendo", garantiu também.

O Presidente dos EUA quer igualmente ter "o melhor sistema educativo do mundo" e reformular o sistema fiscal do país, para cobrar mais impostos aos mais ricos.

"O imposto mínimo para os bilionários é de 25%, apenas 25%. Sabem o que é que isso aumentaria? Isso permitiria arrecadar 500 mil milhões de dólares nos próximos 10 anos. E imaginem o que isso poderia fazer pela América. Imaginem um futuro com cuidados infantis acessíveis. Milhões de famílias podem ter a necessidade de ir trabalhar para ajudar a fazer crescer a economia. Imaginem um futuro com licenças pagas", defendeu.

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