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Navios russos no Irão para exercícios conjuntos com marinhas iraniana e chinesa

11 mar, 2024 - 14:56 • Lusa

A força naval russa é liderada pelo cruzador de mísseis “Variag”, navio-almirante da Frota do Pacífico, acompanhado pela fragata antissubmarino “Marshal Shaposhnikov”.

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Navios russos da Frota do Pacífico chegaram, esta segunda-feira, ao porto iraniano de Chabahar para participar em exercícios navais conjuntos com o Irão e a China, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia.

Denominados “Maritime Security Strip 2024”, os exercícios terão início na terça-feira, no Golfo de Omã, noticiou a agência espanhola EFE.

A força naval russa é liderada pelo cruzador de mísseis “Variag”, navio-almirante da Frota do Pacífico, acompanhado pela fragata antissubmarino “Marshal Shaposhnikov”.

“A parte prática do exercício terá lugar nas águas do Golfo de Omã, no Mar Arábico. O principal objetivo das manobras é trabalhar para garantir a segurança das atividades económicas marítimas”, disse o ministério russo.

Representantes das marinhas do Azerbaijão, Índia, Cazaquistão, Paquistão, Omã e África do Sul participarão nos exercícios como observadores.

Trata-se dos quintos exercícios navais russo-chineses-iranianos realizados no Golfo de Omã.

A chegada dos navios ao porto iraniano coincidiu com notícias publicadas na imprensa russa sobre a demissão do comandante-chefe da Marinha, almirante Nikolai Yevmov, na sequência do afundamento de vários navios por ‘drones’ navais (aparelhos não tripulados) ucranianos.

O diário Izvestia e o portal Fontanka noticiaram no domingo que Yevmov foi substituído pelo comandante-chefe da Frota do Norte, almirante Alexander Moiseyev.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, recusou-se hoje a comentar as notícias.

“Existem decretos confidenciais. Não os posso comentar. Não houve decretos públicos sobre este assunto”, justificou Peskov.

A nomeação de um novo comandante da frota russa é normalmente anunciada por decreto presidencial.

A confirmar-se a substituição, trata-se de uma importante remodelação no seio do comando militar russo.

Em dois anos de guerra, a Ucrânia obteve uma série de êxitos no Mar Negro que permitiram a reabertura de um corredor marítimo para a exportação dos seus cereais, desafiando as ameaças de bombardeamento da Rússia.

O Exército ucraniano afirmou, no início de fevereiro, que desativou cerca de um terço dos navios de guerra russos no Mar Negro.

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