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Suécia deixa a neutralidade: "A adesão plena à NATO é a única opção razoável"

11 mar, 2024 - 15:55 • Marta Pedreira Mixão

O chefe da NATO, Jens Stoltenberg, e o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, presidem à cerimónia de hastear da bandeira do 32.º membro da NATO, em Bruxelas.

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Esta segunda-feira, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, observaram dois soldados a içar a bandeira entre o círculo oficial de bandeiras na capital belga. Após mais de 200 anos de neutralidade, a Suécia tornou-se oficialmente o 32.º membro da Aliança Atlântica.

Ulf Kristersson justificou a decisão referindo que “a invasão russa brutal e em grande escala contra a Ucrânia uniu a Suécia na conclusão de que a adesão plena à NATO é a única opção razoável”.

“Nós escolhemos-vos e vocês escolheram-nos. Todos por um e um por todos”, afirmou o primeiro-ministro sueco, que fez questão de referir que o seu país era um membro “orgulhoso” e prometendo que defenderia os valores consagrados no Tratado de Washington.

Kristersson relembrou ainda que "a situação de segurança” na região “não era tão grave desde a Segunda Guerra Mundial e a Rússia continuará a ser uma ameaça à segurança euro-atlântica num futuro previsível", mas Stoltenberg salientou que o facto de a Suécia se tornar o 32.º membro da aliança mostra que Vladimir Putin "falhou" na sua estratégia de guerra.

"Quando o Presidente Putin lançou a sua guerra de escala contra a Ucrânia, há dois anos, queria menos NATO e mais controlo sobre os seus vizinhos. Queria destruir a Ucrânia como Estado soberano, mas não conseguiu. A NATO é maior e mais forte e a Ucrânia está mais perto do que nunca de aderir à NATO", disse.

No discurso que antecedeu a cerimónia, o secretário-geral agradeceu a Kristersson a sua forte liderança pessoal e empenho em conduzir a Suécia para a NATO: "A Suécia tomou o seu lugar de direito à mesa da NATO sob o escudo da proteção do artigo 5.º - a garantia suprema da nossa liberdade e segurança. Todos por um e um por todos".

"A adesão da Suécia mostra mais uma vez que a porta da NATO continua aberta. Ninguém a pode fechar. Cada nação tem o direito de escolher o seu próprio caminho, e todos nós escolhemos o caminho da liberdade e da democracia”, acrescentou.

Stoltenberg afirmou ainda que a Suécia tem "capacidades de vanguarda" na área da Defesa, alocando mais de 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) a este setor.

O Ministério da Defesa finlandês deu as boas-vindas aos "nossos irmãos e irmãs de armas", afirmando no X que "estamos agora no início de uma nova era. Juntos e com outros aliados na paz, na crise e mais além".

A adesão da Suécia à NATO demorou cerca de dois anos, muito porque a Turquia e a Hungria atrasaram o processo, que precisa de ter o apoio de todos os membros.

A bandeira sueca foi hasteada pela primeira vez esta segunda-feira na sede da NATO, numa cerimónia para assinalar a adesão do país à Aliança, depois de a 7 de março o país se ter tornado o 32.º Aliado.

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