17 mar, 2024 - 04:44 • Lusa
Um novo ataque de drones ucranianos causou, na madrugada deste domingo, um incêndio numa refinaria no sul da Rússia e um morto, disseram as autoridades militares da região de Krasnodar.
"O incêndio no complexo da refinaria de petróleo de Slavyansk está agora completamente extinto", informou o quartel-general militar de Krasnodar.
"De acordo com informações preliminares, uma pessoa morreu no momento do ataque do drone, sendo a provável causa da morte um ataque cardíaco", acrescentaram as autoridades, na plataforma de mensagens Telegram.
A refinaria Slavyansk-on-Kuban situa-se na região de Krasnodar, a leste do Mar de Azov.
Várias regiões russas, nomeadamente Belgorod e Kursk, ambas na fronteira com a Ucrânia, têm sido alvo de múltiplos ataques de drones ucranianos esta semana, tendo como alvo infraestruturas de energia.
No sábado, uma refinaria foi incendiada em Samara, a cerca de mil quilómetros da fronteira com a Ucrânia, após ataques de drones.
Uma refinaria de petróleo também foi alvo de um ataque com drones na quarta-feira em Ryazan, cerca de 200 quilómetros a sudeste da capital Moscovo, causando feridos.
Na terça-feira, outra refinaria foi alvo de um ataque na região de Nizhny Novgorod, a 800 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, e deflagrou um incêndio num complexo de combustíveis na região de Orel, a cerca de 160 quilómetros da fronteira.
Numa entrevista divulgada na quarta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin acusou a Ucrânia de lançar ataques em solo russo numa tentativa de interferir nas eleições presidenciais, cuja votação termina este domingo.
"Tudo isto está a acontecer num contexto de falhas [ucranianas] na linha da frente", concretizou.
"No entanto, o objetivo principal, não tenho dúvidas, se não conseguirem minar as eleições presidenciais na Rússia, é pelo menos tentar impedir de alguma forma os cidadãos de expressarem a sua vontade", garantiu o líder russo.
A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, graças a uma alteração constitucional feita em 2020 que permite ao líder eternizar-se no poder.