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Sánchez sublinha que pedido de cessar-fogo da ONU em Gaza é vinculativo

02 abr, 2024 - 12:13 • Lusa

O líder do Governo espanhol fez um "novo apelo a que cessem definitivamente as hostilidades" de Israel na Faixa de Gaza.

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O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, defendeu hoje o fim de todas as hostilidades em Gaza e lembrou a Israel que o pedido de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas "é vinculativo".

Sánchez iniciou hoje uma visita de dois dias à Jordânia, Arábia Saudita e Qatar para abordar a situação no Médio Oriente e, na primeira declaração pública aos jornalistas, após visitar um campo de refugiados palestinianos em território jordano, disse que faz este périplo num "contexto de extrema gravidade".

"O objetivo desta viagem é conhecer em primeira mão os pontos vista de alguns dos principais atores na procura de uma solução para esta guerra e transmitir o compromisso de Espanha e a nossa determinação em trabalhar com os nossos parceiros para conseguir um futuro de paz, justiça e prosperidade na região", afirmou.

O líder do Governo espanhol fez um "novo apelo a que cessem definitivamente as hostilidades" de Israel na Faixa de Gaza e "à libertação de todos os reféns" israelitas por parte do grupo islamita radical Hamas.

"É urgente implementar o cessar-fogo exigido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na semana passada, que é vinculativo", acrescentou Sánchez, antes de defender que "tem de ser um cessar-fogo definitivo", por ser "o passo necessário para abrir um processo político que ponha fim definitivamente a este conflito".

Isso passará, acrescentou, pela "materialização real e efetiva da solução dos dois estados", o que implica o reconhecimento do estado palestiniano por parte dos países que ainda não o fizeram, mas também do "reconhecimento pleno" de Israel pela comunidade internacional.

"Espanha não vai poupar nenhum esforço para conseguir o objetivo de alcançar a paz que permita a Israel e à Palestina conviver em paz e segurança", afirmou.

Sánchez disse a jornalistas espanhóis durante o voo que o levou até à Jordânia na segunda-feira à noite que o governo de Madrid prevê reconhecer o estado palestiniano até julho.

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