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Zelensky. Ucrânia perde a guerra se não tiver ajuda financeira dos EUA

07 abr, 2024 - 23:00 • Lusa

O programa, avaliado em cerca de 60.000 milhões de dólares (cerca de 55.630 milhões de euros), está bloqueado pelos republicanos no Congresso desde o ano passado.

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O presidente ucraniano alertou este domingo que a Ucrânia vai perder a guerra contra a Rússia se a ajuda de 60 mil milhões de dólares prometida por Biden continuar bloqueada no Congresso devido à oposição republicana leal a Trump.

"Se o Congresso não ajudar a Ucrânia, a Ucrânia vai perder a guerra", declarou Volodymyr Zelensky, em tom grave, numa teleconferência com os embaixadores da plataforma criada pelo presidente ucraniano para recolher donativos e financiamento para a Ucrânia, United24.

No final de março, Zelensky pediu ao ao presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América uma "rápida adoção" do programa de ajuda militar para o seu país, num contexto de intensificação dos ataques russos.

O programa, avaliado em cerca de 60.000 milhões de dólares (cerca de 55.630 milhões de euros), está bloqueado no Congresso desde o ano passado.

"Informei o presidente da Câmara dos Representantes [Mike] Johnson sobre a situação no campo de batalha, em particular sobre o aumento dramático do terrorismo aéreo russo", afirmou Zelensky, que falou com o responsável norte-americano por telefone.

Johnson, republicano que controla os projetos de lei que são votados na Câmara Representantes, disse que estava a analisar "uma série de vias" para ajudar a Ucrânia.

Os EUA têm sido o principal apoio militar de Kiev desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

À estação televisiva norte-americana CBS News, disse que a Ucrânia "precisa de ajuda agora", embora a situação atual esteja melhor que há dois meses.

"Estabilizámos a situação. Está melhor que o que estava há dois ou três meses, quando tínhamos um grande défice de munição de artilharia", afirmou Zelensky.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.

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