14 abr, 2024 - 04:17 • Ricardo Vieira
O Presidente norte-americano, Joe Biden, condena o ataque do Irão de Israel "nos termos mais fortes".
Após uma conversa telefónica com Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelita, Biden reafirmou o “compromisso férreo” dos Estados Unidos com a segurança de Israel, segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Amanhã [domingo], vou reunir-me com os meus colegas líderes do G7 para coordenar uma resposta diplomática unida ao ataque descarado do Irão”, disse Biden, em comunicado.
O G7 é o grupo das sete grandes economias mundiais. Além dos Estados Unidos, é composto pela Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada.
Biden disse a Netaniahu que Israel demonstrou "uma notável capacidade de defesa perante ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que não podem ameaçar a segurança de Israel".
"Quase todos os drones e mísseis iranianos foram intercetados" com a ajuda do dispositivo militar naval e aéreo destacado pelos EUA para a região do Médio Oriente, refere o comunicado.
O Presidente norte-americano diz que os EUA vão "continuar vigilantes" e "não vão hesitar em tomar todas as ações necessárias" para proteger cidadãos norte-americanos na região.
O Irão lançou este sábado cerca de uma centena de mísseis e "drones" com bombas que devem atingir alvos em Israel nas próximas horas, avançam as Forças Armadas israelitas e a Guarda Revolucionária do Irão.
"Há pouco tempo, o Irão lançou veículos aéreos não-tripulados a partir do seu território contra território do Estado de Israel", declarou o porta-voz das Forças Defensivas de Israel (IDF), num comunicado replicado pela Embaixada de Israel em Lisboa.
O ataque do Irão contra território israelita acontece no dia em que um cargueiro com bandeira portuguesa foi capturado por forças iranianas no Estreito de Ormuz.
Portugal exige ao Irão a libertação imediata dos tripulantes e do navio, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros este sábado à tarde. Em causa está um "aprisionamento completamente contrário ao Direito Internacional", afirma Paulo Rangel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal renovou na sexta-feira o alerta que os portugueses "devem continuar a evitar todas as viagens não essenciais a Israel" e outros países da região. Israel está sob alerta para uma retaliação do Irão, depois do ataque de 1 de abril ao consolado iraniano em Damasco, na Síria.