14 abr, 2024 - 00:24 • Ricardo Vieira
Veja também:
Os Estados Unidos não se devem intrometer no conflito entre o Irão e Israel, disse a missão do Irão nas Nações Unidas na rede social X, alertando que a resposta de Teerão será mais severa se Israel retaliar ao ataque deste sábado.
“A ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco. O assunto pode ser considerado concluído”, refere a diplomacia iraniana.
“No entanto, caso o regime israelita cometa outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irão e o regime israelita desonesto, do qual os EUA DEVEM FICAR LONGE!", alerta a representação de Teerão na ONU.
Apesar do Irão admitir que o assunto pode ser dado como "concluído", Israel promete uma "resposta significativa" ao ataque deste sábado. A informação foi avançada por fonte israelita citada pelo jornal Haaretz.
O Irão lançou este sábado cerca de uma centena de mísseis e "drones" com bombas que devem atingir alvos em Israel nas próximas horas, avançam as Forças Armadas israelitas e a Guarda Revolucionária do Irão.
"Há pouco tempo, o Irão lançou veículos aéreos não-tripulados a partir do seu território contra território do Estado de Israel", declarou o porta-voz das Forças Defensivas de Israel (IDF), num comunicado replicado pela Embaixada de Israel em Lisboa.
O ataque do Irão contra território israelita acontece no dia em que um cargueiro com bandeira portuguesa foi capturado por forças iranianas no Estreito de Ormuz.
Portugal exige ao Irão a libertação imediata dos tripulantes e do navio, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros este sábado à tarde. Em causa está um "aprisionamento completamente contrário ao Direito Internacional", afirma Paulo Rangel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal renovou na sexta-feira o alerta que os portugueses "devem continuar a evitar todas as viagens não essenciais a Israel" e outros países da região. Israel está sob alerta para uma retaliação do Irão, depois do ataque de 1 de abril ao consolado iraniano em Damasco, na Síria.