15 abr, 2024 - 06:07 • Lusa
Na conversa, no domingo, com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, Antony Blinken agradeceu os esforços do responsável para prevenir a expansão do conflito no Médio Oriente, e reafirmou o compromisso com a defesa de Israel, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.
Ao mesmo tempo, Blinken garantiu que Washington está atento à situação face "às ameaças", afirmando que não hesitará em realizar "todas as ações necessárias" para proteger os norte-americanos.
Antes, os Estados Unidos já se tinham desmarcado de uma eventual ação de retaliação israelita contra o Irão.
"Não faremos parte de qualquer resposta que pretendam dar", disse um responsável norte-americano à agência de notícias France-Presse, sem identificar. E reforçou: "Não nos vemos a participar num tal ato".
Numa outra conversa, com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, os dois governantes defenderam a coordenação de uma resposta diplomática ao ataque iraniano e assim evitar uma escalada da tensão.
Os dois diplomatas falaram também sobre a importância de aumentar a assistência humanitária aos palestinianos na Faixa de Gaza e de alcançar um cessar-fogo que garanta a libertação de mais de uma centena de reféns israelitas.
Blinken também conversou com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia para discutir o ataque iraniano e agradeceu a Ayman Safadi o envio de ajuda humanitária para Gaza, incluindo operações conjuntas de assistência aérea com os Estados Unidos.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, com o apoio dos aliados, referiu o Exército israelita.
O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, confirmou no domingo ter destruído mais de 80 'drones' e seis mísseis balísticos lançados a partir do Irão e de posições dos rebeldes Huthis do Iémen.
Num vídeo divulgado pela Casa Branca, o Presidente Joe Biden elogiou as forças norte-americanas, dizendo que "fizeram uma enorme diferença potencialmente salvando muitas vidas".
O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao Consulado iraniano em Damasco, em 01 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.