16 abr, 2024 - 10:50 • Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita anunciou esta terça-feira estar a lançar "uma ofensiva diplomática contra o Irão", após o ataque de sábado da República Islâmica e perante a oposição de muitos Estados a uma resposta militar de Israel.
O ministro, que é também um amigo próximo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e considerado um dos falcões do Governo ultraconservador, defende a imposição de sanções contra Teerão e quer que a Guarda Revolucionária Islâmica seja reconhecida como uma organização terrorista, "para abrandar e enfraquecer o Irão".
Para isso, Katz disse ter enviado uma carta "a 32 países" e conversado com "dezenas de ministros dos Negócios Estrangeiros e personalidades de todo o mundo".
O ministro israelita não especificou, no entanto, os países aos quais pediu a imposição de sanções contra esta organização paramilitar da República Islâmica, que já está listada como organização terrorista pelos Estados Unidos e sujeita a sanções da União Europeia.
"Temos de deter o Irão agora, antes que seja tarde demais", sublinhou.
Na segunda-feira à noite, o chefe do Estado-Maior do exército israelita, general Herzi Halevi, prometeu "uma resposta" a este ataque, apesar dos apelos de muitos países, incluindo do seu aliado norte-americano, para evitar uma escalada do conflito no Médio Oriente, onde a já decorre uma guerra na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelita apelou na segunda-feira à comunidade internacional para "permanecer unida" face à "agressão iraniana, que ameaça a paz mundial".
O Irão lançou na noite de sábado um ataque inédito contra Israel, com recurso a drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria dos quais foi intercetada, segundo o exército israelita.
As tensões entre Israel e Irão, já marcadas pela ofensiva de Telavive na Faixa de Gaza, agudizaram-se nas últimas semanas, depois de um bombardeamento, a 1 de abril, do consulado do Irão em Damasco, na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
Vários líderes mundiais têm instado Israel a não retaliar, embora tenham condenado fortemente o ataque.