04 mai, 2024 - 13:30 • Lusa
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) desqualificou permanentemente, com efeito imediato, uma importante empresa de auditorias, que tinha clientes como a Trump Media, por "fraude massiva" em mais de 1.500 relatórios apresentados ao regulador federal.
A empresa de auditoria afetada, a BF Borgers CPA, e o seu proprietário, Benjamin Borgers, foram suspensos de exercer a profissão de contabilistas junto da SEC, afirmou o regulador, num comunicado.
De acordo com o comunicado, a SEC acusou a BF Borgers de "falhas deliberadas e sistemáticas", incluindo a "fabricação" de documentação de auditoria e de falsa declaração aos clientes - incluindo a Trump Media - de que o seu trabalho estava em conformidade com os regulamentos.
A agência governamental norte-americana estima que a fraude tenha ocorrido entre janeiro de 2021 e junho de 2023, afetando mais de 500 empresas que tinham contratado a BF Borgers e que terão agora de encontrar novas empresas de contabilidade.
Os relatórios em causa são apresentados periodicamente à SEC com o objetivo de possibilitar informações aos investidores e analistas, para que estes possam avaliar as empresas com ações cotadas em bolsa.
O diretor da divisão de execuções da SEC, Gurbir Grewal, disse que "Borgers e a sua simulação de auditora foram permanentemente encerradas", é referido no comunicado.
A empresa de media e tecnologia Trump Media, fundada em janeiro de 2021, e cujo acionista maioritário é o ex-presidente dos EUA e pré-candidato republicano Donald Trump, já anunciou planos para contratar uma nova empresa de auditoria.
A Trump Media engloba a rede social Truth Social, fundada pelo ex-presidente.