15 mai, 2024 - 13:35 • Marta Pedreira Mixão
O Rei Carlos III revelou, na terça-feira, o primeiro retrato do monarca britânico desde que assumiu o trono, uma imagem com um fundo em tons de vermelho e rosa, na qual veste o uniforme da Guarda de Gales, da qual é coronel desde 1975.
A pintura é do artista Jonathan Yeo e retrata o rei com as mãos sobre o punho da sua espada e uma borboleta monarca (Danaus plexippus) no seu ombro. Na imagem, o vermelho do uniforme desvanece no fundo de tons vermelhos e rosa, destacando o rosto do Rei.
Este retrato foi encomendado pela Drapers' Company, que foi criada há mais de 600 anos como uma associação para comerciantes de lã, e servia para celebrar os 50 anos de Charles como membro da mesma. Por isso, o retrato começou a ser pintado mais de um ano antes de Carlos se tornar rei, em junho de 2021, quando ainda era o Príncipe de Gales, e a última sessão foi em novembro de 2023.
Segundo Yeo relatou à BBC, o retrato de tons de vermelho e rosa surpreendeu o rei Carlos, quando este o viu pela primeira vez ainda por acabar. "Inicialmente, ficou ligeiramente surpreendido com a cor forte, mas, de resto, parecia estar a sorrir com aprovação".
Também de acordo com a BBC, ao ver a obra pela primeira vez, Camila terá dito: "Sim, apanhaste-o".
Para o artista, a borboleta ao ombro de Carlos III simboliza "a beleza da natureza e destaca as causas ambientais", como uma referência ao interesse de longa data do Rei pelo ambiente, causas que "defendeu durante a maior parte da sua vida e, certamente, muito antes de se tornarem uma conversa corrente".
Yeo referiu que a ideia partiu mesmo de Carlos, depois de terem falado sobre a oportunidade que tinham de contar uma história com o retrato.
"Quando comecei este projeto, Sua Majestade o Rei ainda era Sua Alteza Real o Príncipe de Gales e, tal como a borboleta que pintei a pairar sobre o seu ombro, este retrato evoluiu à medida que o papel do sujeito na nossa vida pública se transformou", afirmou Yeo.
As sessões terminaram antes de o cancro do Rei ter sido diagnosticado, Yeo afirmou que o Rei tinha muito que fazer, com um discurso na Cimeira da COP, mas "não parecia ser alguém fisicamente exausto".