18 mai, 2024 - 20:30 • Diogo Camilo
O ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, exigiu este sábado que Benjamin Netanyahu se comprometa a um plano para o conflito em Gaza que inclua uma decisão sobre quem governará o território depois da guerra com o Hamas.
Em conferência de imprensa, Gantz apresentou um plano de seis pontos sobre o futuro de Gaza e deu como prazo o dia 8 de junho para obter uma resposta, ameaçando retirar o partido centrista da coligação que mantém Netanyahu como primeiro-ministro de Israel caso o mesmo não seja adotado.
O anúncio vem escalar uma liderança de Israel já dividida, após sete meses de guerra em que o país falhou em retirar o Hamas do poder e resgatar todos os reféns israelitas do ataque de 7 de outubro.
O plano com seis pontos inclui o resgate desses mesmos reféns, o fim da liderança do Hamas em Gaza, a desmilitarização da Faixa de Gaza e a criação de uma administração internacional para assuntos civis, além da normalização de relações com a Arábia Saudita.
Este sábado, as forças armadas israelitas anunciaram a morte de pelo menos 130 alegados terroristas, durante operações militares na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza provocou mais de 35 mil mortos e perto de 80.000 feridos em sete meses, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.