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Reconhecer Palestina é "recompensa" para o Hamas, diz embaixador de Israel

23 mai, 2024 - 00:03 • Pedro Mesquita

Em declarações à Renascença, Dor Shapira diz que tem apreciado a posição portuguesa, que diz ser a posição correta.

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Reconhecer Estado Palestiniano agora é "grande erro", diz Dor Shapira

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O embaixador israelita em Lisboa, Dor Shapira, elogia a posição assumida pelo Governo português de não reconhecer o Estado da Palestina.

A Renascença perguntou a Dor Shapira o que fará Israel se Portugal der esse passo? O diplomata diz que prefere não responder a questões hipotéticas. Tem apreciado a posição portuguesa, que diz ser a posição correta.

“Aprecio muito a posição de Portugal, tanto deste Governo como do Governo anterior, de não darem um passo destes, neste momento, e desta maneira. Acho que é a decisão correta e espero que mantenham essa posição. Caso o venham a fazer… bom, tento não responder às suas perguntas hipotéticas.”

Dor Shapira considera que Espanha, Noruega e a Irlanda deram o passo errado na altura errada. É uma recompensa para o movimento palestiniano Hamas, argumenta o embaixador.

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"Que tipo de mensagem envia às organizações terroristas"

“Em primeiro lugar, acho que foi um grande erro. Aqueles países que decidiram reconhecer agora o Estado Palestiniano fizeram o movimento errado na altura errada, e estão a enviar uma mensagem errada”, afirma.

“O reconhecimento de um Estado Palestiniano só deveria acontecer depois de os israelitas e os palestinianos se sentarem juntos e negociarem. Não se negoceia no meio de uma guerra. Recompensa uma organização terrorista pelo que fizeram a 7 de outubro”, critica o diplomata israelita.

Sobre as consequências práticas desta decisão para Israel, Dor Shapira admite que tem importância, sobretudo, por acontecer a meio de negociações para a libertação dos 128 reféns, ainda sequestrados pelo Hamas, e pela mensagem que passa aos terroristas de todo o mundo.

“Importa no sentido de interferir no meio da guerra, no meio das negociações para libertar os 128 reféns. Acho que há duas respostas aqui. A primeira é que deveria ser parte do processo. Não conheço nenhum negócio que comece pelo fim, começa-se pelas negociações. O segundo problema aqui é a mensagem que isto envia, e não apenas ao Hamas. Que tipo de mensagem envia às organizações terroristas em todo o mundo?”, pergunta o embaixador de Israel em Portugal.

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  • Joaquim
    24 mai, 2024 Paços 17:13
    ...e que tal não reconhecer Israel?

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