28 mai, 2024 - 17:53 • João Malheiro
Luís Montenegro realçou que o combate que a Ucrânia trava contra a Rússia é "de todos nós".
"É uma guerra pelo nosso futuro e o da Europa. É um combate de todos nós. Da Liberdade, da Democracia, de uma clara rejeição do uso da força e da lei do mais forte para resolver disputas internacionais", apontou o primeiro-ministro português, ao lado de Zelensky, depois da assinatura de um acordo bilateral entre os dois países.
O chefe do Governo português quis assinalar a "profunda amizade" entre Portugal e a Ucrânia, os dois povos e os dois Executivos.
A presença de Zelensky em Portugal - "uma honra" - e a contínua resistência da Ucrânia face aos ataques russos são vistas por Montenegro como exemplos "da vontade férrea em preservar a sua liberdade, soberania e integridade do território".
Para o primeiro-ministro português. a própria Europa "enfrenta uma guerra cruel e devastadora. Ameaça a paz e a liberdade e os princípios fundamentais do Direito Internacional".
Montenegro promete que Portugal estará empenhado na ajuda à reconstrução da Ucrânia e no apoio às candidaturas da Ucrânia à União Europeia e à NATO."O nosso compromisso contribui para a interoperabilidade global das forças de segurança da ucrânia com a NATO e no acordo e parcerias das indústrias de defesa dos nossos países", referiu, ainda.
Luís Montenegro realça o papel diplomático de Portugal no apoio à Ucrânia, porque "a nossa ajuda não se esgota em Euros".
O primeiro-ministro português garante que Portugal "tem sido um interveniente empenhado em todos os fóruns em que temos essa capacidade".
"Todo o trabalho que temos feito em Portugal para, em diálogo com os países que falam português, para os poder mobilizar para a ajuda à Ucrânia. Em Portugal, o Governo e a nossa rede diplomática estão empenhados. É uma ajuda humanitária e política de muito relevo", realça.
Luís Montenegro defende que é "exigível" que os vários Governos que possam suceder durante o período de dez anos do acordo com a Ucrânia devem cumpri-lo.
Para o primeiro-ministro, o facto do acordo ser não vinculativo "não diminui o alcance político e o compromisso dos dois estados. É um período de 10 anos renovável e é exigível que os vários Governos possam materializar este acordo".
"É expectável que os Estados assumam os seus compromissos", acrescentou.