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Guerra Israel-Hamas

Hamas critica EUA por desvalorizar massacres israelitas em Rafah

29 mai, 2024 - 14:20 • Lusa

O Hamas insistiu que estas declarações "indicam o desrespeito do Governo dos EUA pelas vidas dos civis e a sua cumplicidade no seu assassinato, especialmente tendo em conta o surgimento de investigações preliminares que indicam que as bombas usadas contra os deslocados foram de fabrico norte-americano".

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O grupo islamita palestiniano Hamas acusou esta quarta-feira o Governo dos EUA de "olhar para o outro lado" e "negar a existência dos horríveis massacres" cometidos por Israel contra deslocados na cidade fronteiriça de Rafah, Faixa de Gaza.

"Condenamos veementemente a insistência do Governo (do presidente dos EUA Joe) Biden em olhar para o outro lado e negar a existência dos horríveis massacres cometidos pelo Exército de ocupação criminoso contra palestinianos deslocados em Rafah", afirmou o grupo através de um comunicado.

O grupo islamita também criticou as declarações do porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, que afirmou na terça-feira que os recentes ataques israelitas contra campos de deslocados na cidade de Rafah - que provocaram mais de 70 mortos desde domingo - não iria alterar o posicionamento de Washington sobre o conflito, alegando que uma "grande operação terrestre" contra a cidade ainda não começou.

O Hamas insistiu que estas declarações "indicam o desrespeito do Governo dos EUA pelas vidas dos civis e a sua cumplicidade no seu assassinato, especialmente tendo em conta o surgimento de investigações preliminares que indicam que as bombas usadas contra os deslocados foram de fabrico norte-americano".

"Nós consideramos a Administração dos EUA e a ocupação israelita responsáveis por estes massacres horríveis e pedimos que acabem com a sua política de duplicidade de critérios e com a sua associação no assassinato de palestinianos", sublinhou o grupo, conforme noticiado pelo jornal palestiniano Filastin, afiliado do Hamas.

Israel lançou a sua ofensiva contra Rafah em 06 de maio, pouco depois de rejeitar uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e pelo Qatar, que tinha sido apoiada pelo Hamas, o que levou à suspensão das operações humanitárias através da passagem fronteiriça.

As tensões têm aumentado desde essa altura, devido à intensificação da ofensiva israelita, apesar dos apelos internacionais e de uma ordem do Tribunal Penal Internacional para travar esses ataques.

A atual guerra em Gaza foi desencadeada após os ataques de 07 de outubro passado do Hamas contra Israel, em que foram mortas mais de um milhar de pessoas e raptadas mais de duas centenas. A retaliação israelita fez mais de 36 mil mortos em Gaza, segundo os números divulgados pelas autoridades de saúde controladas pelo Hamas.

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