01 jun, 2024 - 14:10 • Lusa
O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, expressaram este sábado apoio à proposta em três fases para uma trégua na Faixa de Gaza, que prevê igualmente a libertação dos reféns em posse do grupo palestiniano Hamas.
Numa breve mensagem na sua conta X, Macron reagiu ao plano anunciado na sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, baseado numa iniciativa israelita, afirmando que a França “apoia a proposta dos Estados Unidos para um acordo global”.
Macron acrescentou que está a trabalhar “com os parceiros na região pela paz e segurança para todos”, numa alusão aos contactos com os mediadores do Qatar e do Egito.
Noutra reação, o primeiro-ministro britânico pediu ao Hamas que “aproveite esta oportunidade” para alcançar a paz na Faixa de Gaza.
Em declarações à imprensa no nordeste de Inglaterra, Sunak disse que o plano é uma “notícia muito bem-vinda” e espera que o Hamas “aproveite esta oportunidade para concluir o acordo que está sobre a mesa, que garantirá que os reféns possam ser libertados e regressar às suas famílias”, além de prever o aumento da ajuda humanitária no enclave palestiniano.
A pausa nos combates deverá transformar-se numa “paz sustentável e duradoura, que é o que todos queremos ver”, acrescentou o chefe do Governo conservador, que continua a campanha para as eleições gerais britânicas de 4 de julho.
Anteriormente, o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, também apelou ao Hamas para “aproveitar o momento” e aceitar a proposta de acordo.
O Presidente dos Estados Unidos indicou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos mortais dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.
A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.
“Enquanto o Hamas cumprir os seus compromissos, o cessar-fogo temporário tornar-se-ia, nos termos da proposta israelita, ‘na cessação permanente das hostilidades'”, observou Biden.
Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.
Israel insistiu este sábado que as condições para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns detidos, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita.
O Hamas disse por seu lado encarar positivamente a proposta e está disposto a lidar “de forma construtiva” com qualquer plano que inclua como requisitos “um cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros”.