14 jun, 2024 - 16:10 • Pedro Mesquita com Redação
O Secretário-geral da NATO ainda não conseguiu convencer os aliados a garantirem um apoio militar mínimo à Ucrânia de 40 mil milhões de euros por ano. A proposta de Stoltenberg previa a repartição dos custos com base no PIB de cada Estado, mas não gerou consenso na reunião que terminou esta sexta-feira em Bruxelas.
“Ainda não temos acordo sobre isso”, admitiu Stoltenberg, em conferência de imprensa. O secretário-geral da NATO sublinhou, no entanto, que “muitos aliados são favoráveis à ideia de que precisamos não só de compromissos de curto prazo - e são bem-vindos, claro - mas se pudéssemos ter mais compromissos de longo prazo e previsíveis, isso daria aos ucranianos uma melhor capacidade de planeamento, daria mais previsibilidade e transparência e garantiria um mínimo de partilha justa de encargos dentro da aliança”.
Para Stoltenberg, que falou no final da reunião de ministros da Defesa da NATO, em Bruxelas, um acordo entre todos os membros da Aliança “enviaria uma mensagem a Moscovo de que eles não nos podem vencer pela demora.”
Apesar do resultado aquém do esperado, Jens Stoltenberg sublinhou, num outro plano, que a NATO seria hoje capaz de defender todos os aliados e que mantém 500 mil militares em estado de prontidão.
“Os aliados estão a oferecer forças ao comando da NATO numa escala não vista em décadas. Hoje temos 500.000 tropas em alta prontidão em todos os domínios. A NATO também duplicou o número de batalhões no flanco oriental e é hoje capaz de defender e proteger todos os aliados”, declarou.
O secretário-geral destacou ainda o poderio militar da Aliança. “Somos de longe a força militar mais forte do mundo. Representamos 50% do poderio militar mundial e, claro, temos as capacidades para defender todos os aliados hoje”.