15 jun, 2024 - 09:24 • Pedro Mesquita , Raul Santos
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, acredita que a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que começa na tarde deste sábado na Suíça, será "um sucesso, dentro dos objetivos traçados".
"Tem todas as condições para ser um sucesso dentro dos seus objetivos", diz Paulo Rangel à Renascença, horas antes de seguir para os Alpes, para o encontro que junta representantes de mais de 90 países.
Rangel sulinha que se trata de "preparar a paz" e não de "uma conferência de negociações de paz".
O chefe da diplocacia portuguesa explica que "vai ser tentada uma reversão de riscos nos planos da segurança nuclear, da segurança ecológica e da segurança alimentar", de modo a "preparar uma futura reconstrução e evitar um agravamento dos danos".
"Trata-se de construir um conjunto de princípios para que, assim que haja uma hipótese de cessação das hostilidades e do conflito, possa haver condições para a paz", sintetiza.
Sobre a ausência da China na conferência, o ministro dos Negócios Estrangeiros nota que "ela foi explicada pela circunstância de a Russia não estar".
"Se a conferência fosse para negociar condições de paz, isso não seria possível sem a presença das duas partes envolvidas", questão que não se coloca neste encontro de líderes e responsáveis políticos, mas "em todo o caso, a China não estar é mau" porque "o seu contributo seria muito importante".
Paulo Rangel sublinha, contudo, que "não por acaso a China fez saber que não venderia material bélico à Rússia antes desta conferência" facto que "constitui já um resultado" da conferência dos Alpes, na qual estará também o Presidente da República.