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Cimeira para a Paz na Ucrânia

Congelar a guerra na Ucrânia é receita para mais guerra, avisa Ursula von der Leyen

15 jun, 2024 - 17:52 • João Pedro Quesado com Reuters e Lusa

Cimeira para a Paz na Ucrânia está a decorrer na Suíça, com líderes de 90 países. Presidente da Comissão Europeia recusa os termos impostos por Vladimir Putin para um cessar-fogo.

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Congelar o conflito na Ucrânia não é solução para a paz, mas sim uma receita para mais guerra no futuro, avisou este sábado Ursula von der Leyen. A Presidente da Comissão Europeia está a participar na Cimeira para a Paz na Ucrânia, em Bürgenstock, na Suíça.

"Congelar o conflito hoje, com tropas estrangeiras a ocupar território ucraniano, não é a resposta. É uma receita para futuras guerras de agressão", declarou a chefe da Comissão Europeia no discurso que fez na sessão inaugural da cimeira - que decorre este fim de semana e junta líderes de 90 países.

"Em vez disso, precisamos de apoiar uma paz abrangente, justa e sustentável para a Ucrânia. Uma que restaure a soberania da Ucrânia e a integridade territorial do país", acrescentou von der Leyen.

Ursula von der Leyen rejeita assim as condições impostas na sexta-feira por Vladimir Putin para um cessar-fogo na guerra na Ucrânia. O Presidente da Rússia afirmou que a Ucrânia deveria retirar tropas dos quatro territórios ucranianos que a Rússia reivindica e não aderir à NATO antes que quaisquer negociações de paz pudessem começar.

"Será correto que um país maior possa invadir e tomar o território de um vizinho mais pequeno? A resposta é, obviamente, não. Está escrito na Carta das Nações Unidas. E é por isso que é vital que reafirmemos essa Carta. É vital que nos comprometamos de novo a defender firmemente os princípios da Carta das Nações Unidas", afirmou ainda Ursula von der Leyen.

Apontando que "foi precisamente das cinzas da Segunda Guerra Mundial que nasceu a Organização das Nações Unidas", Von der Leyen reforçou então a importância de "acender de novo esse farol de esperança para a paz e a segurança mundiais".

"Nós, a comunidade internacional, temos de nos unir para apoiar a Ucrânia na sua busca da paz. E é assim que abrimos o caminho para restaurar a paz e a segurança internacionais. A nossa tarefa comum é reafirmar a primazia da Carta das Nações Unidas", concluiu a dirigente alemã, que espera ser reconduzida na presidência da Comissão para um novo mandato de cinco anos, na sequência das eleições europeias realizadas este mês.

Intervindo pela segunda vez este sábado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também sustentou que "não é preciso inventar a roda, pois já há a Carta das Nações Unidas", e reiterou que o objetivo é acordar um plano de paz conjunto, a ser posteriormente apresentado à Rússia, numa futura cimeira já com representantes de Moscovo.

A estância de Burgenstock, nos arredores de Lucerna, acolhe entre hoje e domingo a primeira Conferência para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de mais de 90 países e organizações, mas não da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso.

Portugal está representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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