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guerra na Ucrânia

Sucesso da Cimeira para a Paz será medido por adesão ao comunicado final, diz Marcelo

15 jun, 2024 - 17:10

A Suíça acolhe entre sábado e domingo a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de perto de uma centena de países e organizações, mas sem a participação da Rússia nem da China.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este sábado que o sucesso da Cimeira para a Paz na Ucrânia será medido, além do número de participantes, pela adesão ao comunicado final e pelo teor do documento.

Em declarações à entrada para a estância suíça de Burgenstock, nos arredores de Lucerna, que acolhe a reunião entre sábado e domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre como se poderá "medir" o sucesso desta conferência, respondeu que será pelo "número de participantes, a adesão deles ao comunicado final e a importância do comunicado final".

"É um primeiro passo para uma realidade que continua a ser construída com o objetivo da paz", declarou o Presidente da República, que sublinhou o facto de participarem na cimeira "90 e tal países do mundo, mais organizações internacionais".

A Suíça acolhe entre sábado e domingo a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de perto de uma centena de países e organizações, mas sem a participação da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso.

Portugal está representado pelo chefe de Estado e também pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O objetivo da conferência, organizada pela Suíça na sequência de um pedido nesse sentido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é "inspirar um futuro processo de paz", tendo por base "os debates que tiveram lugar nos últimos meses, nomeadamente o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz baseadas na Carta das Nações Unidas e nos princípios fundamentais do direito internacional".

À chegada à cimeira, Zelensky manifestou-se convicto de que "vai ser feita história", fazendo votos para que os esforços conjuntos a nível global garantam uma "paz justa tão cedo quanto possível".

Referindo-se sempre à conferência como "inaugural" e a "primeira" de alto nível rumo à paz, o Presidente ucraniano regozijou-se com a grande participação e disse acreditar que os esforços "do mundo forte" podem levar ao estabelecimento de uma "paz justa tão cedo quanto possível".

Os trabalhos têm início este sábado às 17h30 locais (16h30 de Lisboa) e foram destacados quatro mil militares para garantir a segurança do evento.

A Ucrânia espera obter um largo apoio internacional a um plano conjunto de paz, já na perspetiva de uma segunda cimeira, para a qual seria convidada a Rússia, que atualmente ocupa cerca de 20% do território ucraniano, na sequência da ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022.

No domingo, estão previstas três sessões temáticas, dedicadas a "aspetos cruciais para o início de um processo de paz sustentável na Ucrânia", com os líderes a debaterem as questões da segurança alimentar, nomeadamente para os países do denominado Sul Global (em desenvolvimento), a segurança nuclear e várias questões humanitárias. .

Da agenda faz também parte uma discussão sobre "a livre navegação no mar Negro", uma vez que "é um pré-requisito indispensável para a exportação de alimentos entre o "celeiro da Europa" [Ucrânia] e os países do Sul Global", de acordo com a organização.

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