16 jun, 2024 - 08:53 • Pedro Mesquita
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursa este domingo no plenário da Cimeira para a Paz na Ucrânia, um encontro que classifica já como "um sucesso".
"Vou dizer por que é que acho que esta cimeira, contra muitas previsões, foi um sucesso", diz o Presidente em declarações exclusivas à Renascença, a partir dos Alpes suíços.
Marcelo Rebelo de Sousa admite que um convite à Rússia possa surgir no "passo seguinte", mas isso "depende muito das condições da organização" de um próximo encontro.
Quanto às conclusões desta Cimeira, o Presidente português antevê um texto "abrangente" de modo a permitir gerar consensos.
Como vê a primeira versão já divulgada do documento final da cimeira?
Eu acho que vai ser uma coisa mais abrangente, porque não pode deixar de tocar o problema dos deportados, o problema dos prisioneiros, o problema das crianças - portanto, o problema humanitário.
Não pode deixar de tratar também o problema que interessa a todo mundo, que é o problema alimentar, o problema dos cereais. E não pode deixar de também abordar a questão do nuclear. Portanto, aquilo que verdadeiramente é o denominador comum. Para além de questões meramente importantes do ponto de vista da geografia da guerra, que são mais vastas e que permitem englobar o mundo árabe e África...
Em síntese, permitem um maior consenso...
Exatamente, maior consenso, maior abertura para futuras cimeiras.
O senhor Presidente disse que este é um primeiro passo na preparação da paz. O que é que está pensado a seguir?
É isso que vai ser discutido hoje. Eu penso que, pouco a pouco, quer no plenário quer, sobretudo, à margem do plenário, se vai trocar impressões sobre quem vai organizar, quando se vai organizar, como se vai organizar o passo seguinte.
Há vontade de que a Rússia já esteja presente nessa altura?
Depende muito do país que seja organizador, depende muito das condições da organização. [É preciso] saber se é um segundo passo de muitos mais ou se é um segundo passo que já permita prever um caminho mais curto. É isso que vai estar em cima da mesa.
O senhor Presidente vai intervir no plenário, este domingo. Tem os habituais três minutos para falar, são poucas palavras. Qual é a mensagem que vai deixar aí na Suíça?
Em vez de falar do passado, vou falar do futuro. Vou dizer por que é que acho que esta cimeira - contra muitas previsões - foi um sucesso. Depois, quais são os pontos fundamentais que saem dela e, finalmente, qual é o caminho para a frente.