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Milhares de franceses protestam nas ruas de Paris depois dos resultados eleitorais

01 jul, 2024 - 08:44 • Olímpia Mairos , com Eva Massy, correspondente da Renascença, em França

O maior desafio para todos estes manifestantes passa por privar a extrema-direita de uma maioria absoluta, no próximo domingo, 7 de julho.

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Milhares de franceses protestam nas ruas de Paris depois dos resultados eleitorais. Reportagem de Eva Massy
Ouça aqui a reportagem de Eva Massy, correspondente da Renascença, em França

Com 33,5% dos votos na primeira volta das legislativas, o União Nacional de extrema-direita torna-se na primeira força política do país, à frente da coligação de esquerda Nova Frente Popular (28,1%).

Atrás, fica a coligação presidencial, com apenas 20,7%. Da esquerda à direita do espetro político, houve apelos a uma “frente republicana” contra a extrema-direita. Na rua, centenas de manifestantes reuniram-se na praça da República, chocados com os resultados.

No mesmo momento em que Jordan Bardella, presidente do União Nacional, se dirigia aos eleitores, apelando a uma forte mobilização capaz de levar à maioria absoluta, centenas de pessoas saíram às ruas.

Na Praça da Republique, Al, 22 anos, sentada num degrau, observa a multidão. Saiu à rua porque sente raiva e muita apreensão e acusa a extrema-direita de não ter feito “nada de bem para a humanidade”.

Uns metros adiante, de braços dados, Dominique e Régis, reformados, culpam uma geração mais antiga pelo que está a acontecer.

“Temos medo com o que está a acontecer e com os discursos do União Nacional. Isto quer dizer que nós, a nossa geração, errou em algum momento. Não nos podemos esquecer de onde vem o União Nacional”, afirmam.

Já Eliott, 32 anos, não quer ver nos resultados desta primeira volta uma derrota definitiva e promete continuar a mobilizar-se “para tentar convencer as pessoas à minha volta, na medida do possível”.

A União Nacional foi o partido mais votado nas eleições deste domingo, mas as coligações do partido de Macron e da esquerda aliaram-se numa "frente republicana" para impedir a extrema-direita de governar.

O maior desafio para todos os que sairam à rua neste domingo passa por privar a extrema-direita de uma maioria absoluta, no próximo dia 7 de julho.

Comentários
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  • Maria
    01 jul, 2024 Palmela 09:22
    Sao manifestantes fascistas" nao aceitam o voto do povo!

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