05 jul, 2024 - 08:18 • João Malheiro
Uma semana depois da performance negativa de Joe Biden no primeiro debate contra Donald Trump, a pressão sobre o atual Presidente dos Estados Unidos da América para não se recandidatar continua a aumentar.
Depois de críticas internas, agora os apelos à retirada da candidatura surgem através de algumas das figuras mais relevantes para o Partido Democrata: os doadores multimilionários. A herdeira de Walt Disney, anunciou que vai parar de contribuir financeiramente para a campanha, enquanto Biden se mantiver nas eleições, e apela a que Kamala Harris seja escolhida como alternativa.
Abigail Disney diz que se trata de uma posição baseada "em realismo, não desrespeito". "Se Joe Biden não se afastar, os democratas vão perder", sentenceia.
Outro doador multimilionário, Ari Emanuel, admitiu estar furioso e refere que Biden "já não é candidato". O CEO da Endeavor, uma das maiores empresas de agenciamento de talentos, dentro das indústrias do Cinema e Música norte-americanas, mas também no mundo da NFL e NHL, e detentora da UFC e da WWE, aponta que o atual Presidente tinha prometido que só iria cumprir um mandato.
"Falei com muitos doadores e estão todos a redirecionar o seu dinheiro para as eleições do Congresso", indica, antecipando que Biden deverá mesmo ser obrigado a afastar-se "se o dinheiro da campanha começar a secar".
Já Reed Hastings, um dos fundadores da Netflix, também pediu a Biden para que saia da campanha. Ao "The New York Times", o multimilionário pede ao candidato democrata para se afastar "e permitir que um líder democrata vigoroso vença Trump e mantenha-nos seguros e prósperos".