06 jul, 2024 - 17:28 • Ricardo Vieira, com Reuters
Pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, este sábado, num ataque israelita a uma escola que abrigava palestinianos deslocados em Al-Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
A notícia foi avançada pela agência de notícias oficial palestiniana e conformada pelo Ministério da Saúde de Gaza.
As forças armadas de Israel disseram à agência Reuters que bombardearam militantes do Hamas.
Os militares israelitas disseram que tomaram precauções para minimizar o risco para os civis antes de atacarem os suspeitos armados, que usavam a área como esconderijo para planear e realizar ataques contra soldados judaicos.
Ayman al-Atouneh, testemunha do ataque, disse à agência Reuters ter visto crianças entre os mortos. “Viemos a correr para ver o local atacado, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, tinha aqui um trampolim, tinha baloiços e vendedores”, disse a mesma fonte.
O ataque à escola de Al-Nuseirat acontece no dia em que o Hamas aceitou a proposta dos Estados Unidos para a libertação de reféns israelitas, quase duas semanas depois de um primeiro acordo com o objetivo de terminar a guerra no Médio Oriente.
A informação foi avançada por uma fonte do grupo palestiniano à Reuters, depois do líder da Mossad, a agência secreta israelita, ter regressado esta sexta-feira do Catar para preparar a retomada das negociações de paz na próxima semana.
O número de mortos palestinianos em quase nove meses de guerra na Faixa de Gaza ultrapassou os 38.000, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde do enclave governado pelo grupo radical Hamas.
Mais de 87.000 pessoas ficaram feridas nos combates entre Israel e o Hamas.
A guerra em curso entre Israel e o grupo islamita palestiniano foi desencadeado pelo ataque do Hamas em solo israelita em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque sem precedentes, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou no dia seguinte uma ofensiva militar em Gaza, que também destruiu significativamente as infraestruturas do enclave de 2,3 milhões de habitantes.
[notícia atualizada às 21h07]