08 jul, 2024 - 16:24 • Ana Kotowicz
O aviso já tinha sido feito e, depois de um grupo de militares chineses ter chegado à Bielorrússia no sábado, os preparativos para os exercícios militares conjuntos já começaram, à porta da NATO, e na véspera da cimeira que assinala os 75 anos da Aliança Atlântica. É na fronteira com a Polónia que China e Bielorrússia vão levar a cabo os exercícios conjuntos, num momento em que Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, visita Varsóvia.
Nas redes sociais, os dois países — principais aliados da Rússia na guerra com a Ucrânia — partilharam imagens do Exército Popular de Libertação da China e das tropas bielorrussas no terreno. A previsão oficial da duração dos exercícios é de 11 dias, devendo prolongar-se até 19 de julho.
Os exercícios acontecem em Brest, na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia, a 200 quilómetros de Varsóvia e 64 da fronteira de Minsk com a Ucrânia.
Sobre os exercícios em si, conhecem-se apenas os detalhes divulgados pelo Ministério da Defesa chinês, durante o fim de semana: incluirão "operações de resgate de reféns e missões antiterroristas", e terão como objetivo "melhorar os níveis de treino e as capacidades de coordenação das tropas participantes", além de aprofundar a cooperação prática entre os dois exércitos.
Na passada semana, a Bielorrússia foi oficialmente recebida como membro de direito pleno da Organização para a Cooperação de Xangai.