Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Republicanos aprovam programa que inclui deportação em massa dos EUA

09 jul, 2024 - 00:03 • Lusa

O projeto político também propõe "acabar com os cartéis de drogas estrangeiros e esmagar a violência dos gangues", além de modernizar o Exército dos EUA para torná-lo "o mais forte e poderoso do mundo".

A+ / A-

O Partido Republicano dos EUA aprovou esta segunda-feira o programa eleitoral, que inclui a realização da maior deportação de migrantes da história do país, caso o seu candidato, Donald Trump, ganhe as eleições de 5 de novembro.

O Comité Nacional Republicano aprovou um programa de 20 pontos para um eventual segundo mandato de Trump, que será formalmente nomeado como candidato pelo partido durante a convenção que terá lugar na próxima semana em Milwaukee (Wisconsin).

A lista - que adota a retórica anti-imigração de Trump - propõe "travar a invasão de migrantes" nos Estados Unidos e "realizar a maior operação de deportação da história" do país.

O programa político também contempla "acabar com a inflação" e transformar os Estados Unidos numa potência energética mundial.

No que diz respeito à política externa, o plano de Trump, se regressar à Casa Branca, é "prevenir a Terceira Guerra Mundial e restaurar a paz na Europa e no Médio Oriente".

O programa eleitoral também propõe a construção de "um grande escudo defensivo contra mísseis" nos Estados Unidos - ao estilo da Cúpula de Ferro israelita - e a "deportação de radicais pró-Hamas" (numa referência ao grupo islamita palestiniano) que participam de protestos universitários.

O projeto político também propõe "acabar com os cartéis de drogas estrangeiros e esmagar a violência dos gangues", além de modernizar o Exército dos EUA para torná-lo "o mais forte e poderoso do mundo".

A sua proposta económica é manter o dólar norte-americano como principal moeda mundial e evitar cortes no programa de saúde pública Medicare.

O programa republicano ameaça cortar o financiamento federal às escolas que abordem temáticas ligadas ao racismo e à identidade de género, alegando que são conteúdos inapropriados para crianças.

O programa também se opõe à participação de mulheres transexuais em competições desportivas femininas.

Num outro setor, o projeto político também promete proteger a integridade das eleições, levantando mais uma vez o espetro de fraude eleitoral - uma teoria na qual Trump tem insistido, sem fundamento, desde que perdeu para o Presidente democrata Joe Biden nas eleições de 2020.

O magnata nova-iorquino, que já foi Presidente dos EUA entre 2017 e 2021, venceu as primárias do Partido Republicano, embora não seja oficialmente aprovado como candidato até à Convenção Nacional Republicana, que decorrerá de 15 a 18 de julho, em Milwaukee.

A unidade dentro do partido a favor de Trump contrasta com o que se passa nas fileiras democratas, onde Biden é cada vez mais questionado devido ao seu fraco desempenho no primeiro debate eleitoral televisivo, de 27 de junho.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+