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Cimeira da NATO

Zelensky pede a aliados para "não esperar por novembro" para ajudar Ucrânia

10 jul, 2024 - 01:06 • João Pedro Quesado com Reuters

O líder da Ucrânia disse que não consegue prever as ações de Trump caso o ex-Presidente dos EUA seja de novo eleito para a Casa Branca.

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O Presidente ucraniano pediu esta terça-feira aos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que não esperem pelo resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América (EUA), em novembro, para agir decisivamente no apoio militar à Ucrânia.

"Toda a gente está à espera de novembro. Os americanos estão a esperar por novembro, na Europa, no Médio Oriente, no Pacífico, todo o mundo está a olhar para novembro e, para dizer a verdade, Putin também espera por novembro", declarou Volodymyr Zelensky, que é convidado da cimeira da NATO que decorre esta semana em Washington D.C., capital dos EUA.

"É hora de sair da sombra, de tomar decisões fortes, de agir e não esperar por novembro ou por nenhum outro mês", disse Zelensky, num discurso no Instituto Ronald Reagan.

O líder da Ucrânia disse ainda que não consegue prever as ações de Trump caso o ex-Presidente dos EUA seja de novo eleito para a Casa Branca, numa derrota de Joe Biden que é cada vez mais dada como provável.

"Não o conheço muito bem. Não sei. Tive encontros com ele e tivemos boas reuniões quando ele era presidente, mas não passamos pela guerra com ele. Não consigo dizer o que é que ele vai fazer, ou se vai ser o Presidente dos Estados Unidos. Não sei", reforçou Zelensky.

Em 2019, Donald Trump viu-se envolvido num escândalo por pressionar Zelensky a investigar Joe Biden com base numa teoria da conspiração que diz que Biden pressionou, como vice-presidente, a Ucrânia a despedir o então procurador-geral para impedir uma investigação a uma empresa de gás onde o filho de Biden, Hunter, tinha assento na administração.

Em troca da investigação a Biden, Trump desbloquearia um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 400 milhões de dólares que ele próprio tinha bloqueado. A pressão incluiu um telefonema com Zelensky.

O caso levou à primeira impugnação de Donald Trump no Congresso dos EUA, com as acusações a serem aprovadas apenas pelos congressistas do Partido Democrata.

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