11 jul, 2024 - 20:48 • João Pedro Quesado com Reuters
O Presidente da Ucrânia afirmou esta quinta-feira que o país está "muito perto" de cumprir o objetivo de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). No último dia da cimeira da Aliança Atlântica em Washington D.C., Volodymyr Zelensky pediu novamente para que sejam levantadas as restrições ao uso das armas doadas pelo Ocidente.
"Estamos muito perto do nosso objetivo", declarou Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa conjunta com Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO. "Penso que o próximo passo será um convite e depois disse vai ser a filiação. É compreensível que não estejamos na NATO até a guerra acabar na Ucrânia. Mas espero que vamos prevalecer", disse.
Sublinhando que a Rússia quer "tirar-nos a vida", Zelensky sublinhou que os aliados devem "preservar" a "unidade". "E é por isso que devemos fortalecer-nos para que a Rússia não tenha sucesso em fazer o mundo aceitar a noção que as guerras de agressão são normais", avisou.
Zelensky voltou, assim, a pedir aos aliados para levantar todas as restrições a Kiev para levar a cabo ataques de longo alcance em território russo com armas fornecidas pelos países ocidentais.
"Se queremos ganhar, se eu quero prevalecer, se queremos salvar o nosso país, e defendê-lo, precisamos de levantar todas as limitações", respondeu o Presidente da Ucrânia aos jornalistas, que disse ainda estar à espera da mudança de posição dos aliados.
Os países da NATO têm assumido diferentes abordagens sobre como a Ucrânia pode usar as armas que lhe são doadas. Alguns países já tornaram claro que Kiev as pode usar para atingir alvos longe da fronteira com a Rússia, enquanto os Estados Unidos da América assumiram uma abordagem mais restrita, em que as armas que entrega à Ucrânia apenas podem ser usados em alvos russos que estejam a apoiar as operações militares russas na Ucrânia.