Em conferência de imprensa de 59 minutos, Biden garante que é o "mais qualificado" para derrotar Trump

O Presidente norte-americano respondeu esta quinta-feira à noite, durante 59 minutos, a uma barragem de perguntas dos jornalistas. Em conferência de imprensa após a Cimeira da NATO, em Washington, Joe Biden disse estar bem de saúde, apesar dos seus 81 anos, e garantiu que é a pessoa "mais qualificada" para derrotar o republicano Donald Trump nas eleições de 5 de novembro.

O chefe de Estado tentou afastar as dúvidas sobre a sua capacidade para continuar no cargo, nomeadamente após o debate televisivo com Trump em que demonstrou algum cansaço e hesitações no discurso.

"Sou a pessoa mais qualificada para bater Trump", "estou em boa forma", "tenho que terminar o trabalho porque há muita coisa em jogo", foram algumas das frases de Joe Biden no encontro com os jornalistas.

O Presidente norte-americano mostrou-se disponível para realizar um novo exame neurológico, se for essa a recomendação dos médicos, para atestar as suas capacidades.

Numa altura em que 14 congressistas democratas pedem que desista da corrida, o Presidente confidenciou que aliados europeus lhe dizem que tem que derrotar Donald Trump nas presidenciais de novembro.

A certa altura da conferência de imprensa, Biden trocou o nome da vice-presidente, Kamala Harris, com o de Donald Trump. Pouco antes, no encerramento da Cimeira da NATO tinha chamado Putin ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, corrigindo imediatamente.

"Guerra em Gaza tem que terminar"

O chefe de Estado norte-americano falou também sobre o Médio Oriente. Joe Biden defende que "está na hora de acabar com a guerra" entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, que provocou milhares de mortos e destruiu a Faixa de Gaza.

O plano de paz foi aceite pelos dois lados em conflito - embora ainda haja arestas por limar - e Israel deve abandonar Gaza depois da guerra, declarou.

“Esse esboço foi agora acordado entre Israel e amas, por isso enviei a minha equipa à região para definir os detalhes”, disse Joe Biden.

Abordou a guerra na Ucrânia e declarou que, neste momento, não tem qualquer motivo para falar com Vladimir Putin, a não ser que a atitude do Presidente russo mude.

Sobre as relações com a China, Biden sublinha que tem uma linha direta com o Presidente Xi Jinping, desde os incidentes com balões de vigilância nos Estados Unidos.